PH: Copa Mundial de Clubes
E mais: Rei mais rico do mundo
Copa Mundial de Clubes
O MetLife Stadium, em Nova Jersey (USA), foi palco ontem de um daqueles capítulos que mostram por que o futebol é o esporte mais popular do mundo.
O favoritismo não entra em campo. Foi assim que o Chelsea surpreendeu, goleou o PSG por 3 a 0 e ficou com o título do Mundial de Clubes, disputado pela primeira vez no mesmo formato da Copa do Mundo.
Destaque para Cole Palmer (23 anos), o craque da partida. Ele marcou dois gols e ainda deu assistência para João Pedro.
Por conta da cerimônia de encerramento da competição, que contou com apresentações de Laura Pausini e Robbie Williams, o jogo se iniciou com quase 10 minutos de atraso. Não sem antes as torcidas darem uma vaia em Donald Trump.
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Mais uma vez uma disputa mundial de futebol deixou meu coração partido. Lembro bem que em 1982, eu descobri a dor de um coração partido. Foi quando mandaram meu país para fora da Copa do Mundo jogada na Espanha.
Por causa da desorganização nas reservas de hotéis na Espanha, cedo fui mandado embora. Ainda bem que no meu caminho de volta havia Paris. E Paris sempre vale uma missa. E, nesse caso, também uma Copa.
A cidade ficou sendo o meu pouso até o Brasil ser mandado de volta pra casa.
Aliás, foi o melhor Brasil que eu vi até hoje. Vi pela TV com um grupo de amigos, na Place d'Italie, na capital francesa com a Primavera explodindo nas árvores com suas folhas novas, nos jardins com as flores desabrochando, no burburinho da cidade, com os turistas indo e voltando na descoberta de uma Paris mágica,
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Talvez por isso essa experiência tenha sido tão memorável. E, por causa dela, aquela Copa do Mundo tenha se entranhado em mim de uma maneira tão marcante.
A partir daí entendi que a Copa não é apenas futebol. É um congraçamento de povos e um enfrentamento de nações, um jogo de dimensões políticas e uma arena de marketing, um megaevento de jornalismo planetário e um catalizador único de atenção e de emoções. Na Copa, são as pátrias de chuteiras guerreando sem mortes, mas não sem dor.
A terra é redonda e gira como a bola, e eu acredito, como o uruguaio Eduardo Galeano, que o futebol espelha o mundo. Porque um país não é o seu governo. Uma nação é sua história e seu povo, suas raízes, seus feitos, sua cultura e seu DNA. Um país é sua alma.
No futebol, o Brasil é ainda aquele país forte, criativo, alegre e vencedor, presente no nosso imaginário coletivo e ainda ausente da nossa realidade cotidiana. No futebol, como em nenhum outro esporte, o melhor nem sempre vence e a justiça nem sempre acontece.
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E quem disse que não é assim na vida? Apesar dos zagueiros e políticos truculentos, dos erros da arbitragem e da corrupção, das faltas violentas e da falta de vergonha, ainda podemos vencer. Sempre poderemos, porque o talento e a raça podem superar a força, os esquemas e a politicagem.
Num país como o nosso, com tanta desigualdade, o futebol vence de goleada a discriminação social e racial.
Dos nossos jogadores, a maior parte foi criada apenas pela mãe, como é comum na realidade brasileira. Outros escaparam das drogas ou do crime por causa da bola. O futebol os abraça e, ao fazê-lo, também ajuda a construir nossa identidade nacional.
Parodiando o escritor britânico Orlando Figes, o futebol nos convida a sondar debaixo da superfície do esporte. Porque o futebol não é uma questão de vida ou morte, ele é muito mais do que isso, como diria o antigo treinador do Liverpool, Bill Shankly.
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No Brasil, escolhemos ministros e treinadores da Seleção pelo gosto pessoal, sem conceito e sem lógica. E misturamos tudo na hora de avaliar sucesso e fracasso, dando valor à instituição de acordo com quem a comanda.
Culpamos a dancinha, a tinta no cabelo, o bife de ouro, a urna eletrônica. No futebol e na política, botamos tanto esforço para encontrar culpados que não sobra fôlego para construir uma solução. E a cada competição que envolve jogadores do mundo todo, nossa ilusão é desclassificada pela realidade.
A desolação se repetiu agora, quando todos os clubes brasileiros foram mandados de volta ao seu país de origem. O último foi o Fluminense, despachado pelo Chelsea da Inglaterra, onde o futebol nasceu. O mesmo Chelsea que mostrou ser o melhor do mundo na grande final de domingo passado quando se tornou campeão da Copa Mundial de Clubes ao massacrar o campeão francês PSG, que era o favorito da competição.
Rei mais rico do mundo
O rei Maha Vajiralongkorn, também conhecido como Rama X, não é apenas o soberano da Tailândia, ele é também o monarca mais rico do mundo em 2025.
Com uma fortuna estimada em mais de 43 bilhões de dólares, sua riqueza chama atenção pela dimensão e pela forma como é administrada.
Grande parte desse patrimônio veio da herança deixada por seu pai, o rei Bhumibol Adulyadej, em 2016.
Desde então, Rama X expandiu consideravelmente seus bens e investimentos. Ele controla mais de 17 mil imóveis apenas em Bangkok, que geram receita por meio de aluguéis, além de manter participações em grandes empresas dos setores de energia, telecomunicações e infraestrutura.
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Entre os bens mais curiosos do rei Maha Vajiralongkorn estão: 38 jatos particulares; mais de 300 carros de luxo; 52 barcos dourados usados em cerimônias tradicionais e 17 mil imóveis.
Maha Vajiralongkorn, o rei Rama X, exerce forte influência na economia da Tailândia por meio de sua participação em empresas estratégicas e na administração direta dos bens da monarquia, o que impulsiona setores como o imobiliário e tecnológico. Sua gestão reforçou a autonomia financeira do trono, antes controlada por órgãos estatais.
Na política, embora adote uma postura de neutralidade em conflitos, sua presença nas estruturas de poder e o controle de uma fortuna bilionária o tornam uma figura central na sociedade tailandesa.
DE RELANCE
“Vamos Festejar” no Convento
Foi um sucesso arrebatador o primeiro fim de semana da edição 2025 do “Vamos Festejar”, com a participação dos mais emblemáticos grupos folclóricos do Maranhão.
A deputada federal Roseana Sarney era só alegria com o resultado do evento idealizado e patrocinado por ela, com realização da Fundação da Memória Republicana Brasileira, no Convento das Mercês.
A programação valorizou, mais uma vez, as manifestações maranhenses em toda a sua pluralidade, tornando-se um convite para celebrar a alma do estado por meio de expressões culturais que atravessam gerações.
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O segundo fim de semana do festejo será a partir de quinta-feira, ou seja, nos dias 17, 18, 19 e 20, sempre com início às 18h, e o encerramento, na semana seguinte, também terá quatro noites. Ou seja: nos dias 24, 25, 26 e 27 de julho.
O projeto, como já dissemos aqui, reafirma-se como um dos maiores encontros culturais do período junino estendido, transformando o Centro Histórico de São Luís em um verdadeiro palco da tradição popular.
“Festas e Festanças do Maranhão”
Nos três primeiros dias do “Vamos Festejar”, muita gente foi conferir na Galeria Dila uma das atrações especiais da festança deste ano no Convento das Mercês.
O público elogiou muito a exposição “Festas e Festanças do Maranhão”, assinada pelo artista plástico Airton Marinho.
A mostra, composta por 30 obras em xilogravura, técnica milenar que o artista domina com excelência, retrata em traços únicos manifestações como o tambor de crioula, sotaques de bumba meu boi e danças, promovendo um verdadeiro mergulho visual nas tradições populares e na diversidade cultural maranhense.
A exposição permanecerá em cartaz durante todo o período do “Vamos Festejar”.
Rayssa Leal vence etapa da SLS
A atleta Rayssa Leal confirmou seu favoritismo e conquistou o título na terceira etapa da Street League Skateboarding (SLS), ontem, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Com uma performance sólida e precisa, a maranhense de apenas 17 anos terminou a final com 21,8 pontos, quase oito pontos à frente da segunda colocada, Gabriela Mazetto, que somou 14.
– Eu fico feliz por honrar minha família e ter esse apoio dos torcedores. É mais um campeonato em casa, mais um troféu. Superei meu medo nessa pista – disse a genial skatista de Imperatriz.
Contas e prazo:
Terminou no último dia 30 de junho o prazo para a entrega de prestação de contas dos partidos políticos relativas ao exercício de 2024.
Para os diretórios estaduais e municipais que não apresentaram a prestação à Justiça Eleitoral, automaticamente foi gerado um processo de inadimplência, que após o julgamento poderá acarretar, entre outras penalidades, na suspensão de repasses de recursos do Fundo Partidário.
A recomendação é para que legendas cumpram com a determinação mesmo após o prazo, sob pena de ficarem impossibilitadas de participar das próximas eleições.
Aviação na COP 30
A quantidade de voos nacionais e internacionais terá reforços durante a COP 30, em Belém.
Os voos domésticos programados para novembro serão 1.395, um acréscimo de 19% em relação ao ano anterior.
Já os voos internacionais terão um aumento de 22 para 31, e o total de assentos passará de 3.888 para 5.610, um crescimento de 44%.
Disputa Trump x mundo
A metralhadora giratória de Donald Trump, que alguns dias depois de ameaçar com a imposição de tarifas ao Brasil faz o mesmo com México e União Europeia, revela duas perspectivas interessantes nessa novela rocambolesca: primeiro, que não se trata de uma disputa entre EUA e Brasil.
É de Trump contra o mundo – mais especificamente o mundo liberal, aliás, que muitos conservadores dizem defender.
Essa tática se utiliza do verniz liberalizante, mas de liberal, não tem nada. Qual liberal seria, por exemplo, contra o processo de globalização?
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O presidente norte-americano sempre encontra uma desculpa em suas “cartas” aos governantes para fazer chantagem comercial: o negócio de Trump não é anistiar Bolsonaro ou os que participaram do quebra-quebra do 8 de Janeiro em Brasília. Seu negócio é poder, a bravata do valentão, e impor o protecionismo diante de parceiros para negociar melhores condições comerciais para os EUA.
Tanto que não há qualquer simpatia ideológica na UE, por exemplo, a um determinado grupo, para ele ameaçar sobretaxar, em 30%, o bloco. No caso do Brasil, Bolsonaro é pretexto.
Ninguém faz comércio internacional por amizade. Fosse isso, Trump não teria imposto tarifas (e depois as retirado) sobre o Brasil com Bolsonaro no poder. Fosse isso, a China não seria, naquele período, o principal destino das exportações brasileiras.
Indústria em urgência
Não tem setor mais preocupado com o tarifaço de 50% dos Estados Unidos ao Brasil do que a indústria. O mercado norte-americano é o segundo principal destino das exportações brasileiras, mas ganha da China na compra de industrializados.
Por isso, esta segunda-feira será tomada de discussões sobre a situação. As três federações do Sul – Fiergs, Fiesc e Fiep – terão encontros pela manhã e à tarde para se prepararem para a reunião mais importante, às 17h, quando todos os presidentes de entidades estaduais estarão com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban.
Taxa extra para ingressar nos EUA
O governo dos EUA aprovou projeto de lei que prevê a cobrança de taxa extra para a emissão de visto para estrangeiros que quiserem entrar no país. A nova regra está entre as medidas aprovadas dentro do megaprojeto fiscal de Donald Trump, que eleva o déficit fiscal em quase US$ 3,6 trilhões em 10 anos.
O valor inicial será de US$ 250 (o equivalente a R$ 1.390 na cotação atual) ou “a quantidade que o secretário de Segurança Nacional estabeleça”, e deverão ser feitos reajustes anuais com base na inflação.
A Visa Integrity Fee, como foi chamada a taxa extra, será cobrada quando o visto for emitido, se somando às taxas já existentes.
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O visto para não imigrante, citado na lei, engloba, por exemplo, turistas, estudantes, jornalistas, au pairs, diplomatas e familiares e pessoas que fazem tratamento médico nos EUA e familiares.
Hoje, interessados em emitir um visto de não imigrante para turismo, por exemplo, já têm de pagar US$ 185 (cerca de R$ 1.029).
O governo norte-americano não informou quando a cobrança da taxa entrará em vigor, mas o próximo ano fiscal dos “States” tem início em outubro.
Para escrever na pedra:
“Todas as minhas sensações podem estar me enganando, como me engano quando sonho e acredito que o sonho é realidade”. De René Descartes.
TRIVIAL VARIADO
Réplica: Neymar Jr. adicionou mais um item a sua coleção de carros de luxo: uma réplica do Batmóvel. Avaliado em cerca de R$ 8,3 milhões, o veículo inspirado no carro do personagem Batman foi entregue na sexta-feira, após três anos de produção feita sob medida.
Em tempo: o carro de Neymar não pode circular em vias públicas, já que não possui emplacamento nem homologação.
Educação: as inscrições para a Prova Nacional Docente 2025 começam nesta segunda-feira, 14. O prazo termina no dia 25.
Mobilidade: produção de motocicletas passa de 1 milhão em 2025, diz Abraciclo. Volume foi 15% superior ao do 1º semestre do ano passado.
Retaliação: “A arte da retaliação é provocar muita dor no outro sem causar problema a você”, diz especialista em comércio exterior.
No Arizona: paciente nos EUA morre com bactéria da ‘Grande Peste’ da Idade Média. Homem morreu após contrair peste pneumônica.
Ano do Brasil na França: o País será homenageado hoje no tradicional espetáculo pirotécnico do 14 de julho, a data nacional francesa, na Torre Eiffel.
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