SÃO LUÍS - O Teatro Arthur Azevedo abre as portas para o espetáculo 'Eu te conheço Carnaval' entre os dias 21, 22 e 23 de fevereiro, em São Luís. Com entrada gratuita, o evento relembrará aspectos do antigo carnaval maranhense. A retirada das pulseiras de acesso será na bilheteria do teatro, a partir do dia 18 de fevereiro, das 14h às 18h30.
O espetáculo é uma produção autoral do Teatro, com artistas maranhenses e que resgata a história do antigo carnaval maranhense, levando o povo a viver de perto as emoções que fizeram do Reinado de Momo, único em todo o Brasil, não apenas para que as futuras gerações conheçam, mas para que aqueles que viveram a essência da folia no estado, possam relembrar a beleza do mais legítimo carnaval.
“Eu te conheço Carnaval” tem texto inédito criado pelo cantor e compositor Marco Dualibe, com direção geral de César Boaes, direção musical de Daniel Cavalcante e coreografias de Lucena Marques, contando com elenco de músicos, atores e dançarinos maranhenses, visando atender um público estimado de 2.190 pessoas com 3 sessões gratuitas reforçando o compromisso artístico social. A expressão que dá nome ao espetáculo é muito utilizada em São Luís quando se quer dizer que a gente conhece muito bem alguém, de “outros carnavais”.
Carnaval de característica única
De acordo com a produção do espetáculo, foi um mergulho no universo dos séculos passados, onde se descobriu uma infinidade de fatos que revelam uma cidade repleta de heranças, que deram à folia maranhense características únicas, desde o entrudo que introduziu a brincadeira de jogar farinha (que mais tarde virou maisena), até os ritmos que trouxeram o tambor de crioula e os blocos tradicionais.
Para chegar aos dias atuais, a história apresenta um enredo cheio de nuanças no intuito de mostrar, principalmente às futuras gerações, o quanto o Carnaval do Maranhão é original e legítimo, foi e ainda é importante no que se refere às raízes momescas do estado.
“Começamos pelos bailes do Teatro Arthur Azevedo, passando pelos cordões antigos, como as brincadeiras do Urso, do Baralho, dos Corsos que desfilavam pelas ruas, junto com as Casinhas da Roça, mostrando a simplicidade de quem mora no campo e incensando as ruas com a fumaça do peixe frito assando nos fogareiros enquanto as coreiras rodavam suas saias ao som de um tambor de crioula. O espetáculo visita também os assaltos carnavalescos nas casas dos foliões que habitavam o centro da cidade, os bailes de máscaras nos bigurrilhos que escondiam segredos da nossa sociedade, as turmas de samba que viraram Fuzileiros da Fuzarca e os fofões soltos pelas ruas, fantasias que geraram um modelo para os nossos primeiros blocos tradicionais, no tempo em que o lança-perfume era apenas uma forma de cortejar as damas e os mocinhos da pequena ilha dos amores”, conta César Boaes, diretor do Teatro Arthur Azevedo.
Boaes destaca ainda a importância do público, especialmente os maranhenses, de conhecer a São Luís das tribos de índio; das bandas que enfeitavam de alegria as ladeiras da cidade, da chegada das escolas de samba que viraram febre no final dos anos 1970; e a chegada dos blocos afro, onde o movimento negro da capital ganhou voz por todo o Maranhão.
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