A velha máxima de que médico e louco todo mundo tem um pouco bem que poderia ser atribuída para outras profissões. Que tal dizer: “De engenheiro, arquiteto, designer e louco todo mundo tem um pouco?”. Afinal, quem nunca fez ou conhece alguém que decidiu agir por conta própria na hora de fazer uma reforma? Para aqueles que acabaram de pegar a tão sonhada chave do apartamento e tem dúvidas por onde começar, saiba que tomar as rédeas de tudo nem sempre é a melhor solução.
Em primeiro lugar, uma boa reforma é aquela que, além de atender as necessidades do morador do novo apartamento, vai conseguir valorizar monetariamente o imóvel para os próximos anos, isso se o dono tem em mente vendê-lo futuramente. Para isso, a regra é mais do que simples: contrate um arquiteto ou um designer para projetar o seu imóvel.
O profissional do ramo vai estudar as suas ideias e apresentar as viabilidades, fora a comodidade que ele vai proporcionar. Ninguém tem mais tanto tempo sobrando para correr atrás de mestres de obras, fornecedores, comprar materiais e controlar a execução de etapas. “Escritórios de arquitetura possuem uma lista completa de bons profissionais, como pedreiros, pintores, encanadores e fornecedores, além de ter uma lista de estabelecimentos para compra de materiais. O cliente nos procura, explica o que ele está pensando naquele momento para o novo imóvel, fala sobre suas necessidades. A partir de um bom diálogo, acordamos tudo em contrato e damos inicio a execução do projeto”, comenta Ricardo Bogéa, sócio de um escritório em SL especializado em arquitetura e ambientação .
Ricardo Bogéa diz que é um mito achar que contratar profissionais da área de arquitetura e decoração sai caro, que é coisa para quem tem muito dinheiro. “Hoje as pessoas estão mais conscientes de que vale à pena investir no bem-estar delas, elas querem ter conosco uma relação de confiança”, explica.
E a confiança é parte fundamental durante todo o processo da reforma. Quando o escritório fecha com o cliente, ele oferece garantias. Reformas em condomínios verticais, por exemplo, exigem uma série de procedimentos, que são criteriosamente aplicados por profissionais da área de arquitetura, como os que se referem ao comprometimento da estrutura do prédio, de perdas de garantias e segurança.
“A construtora executa e entrega a edificação, de acordo com os projetos aprovados, memoriais e normas técnicas da ABNT. Caso o adquirente esteja autorizado a efetuar alguma modificação, cabe aos profissionais qualificados e habilitados a execução da reforma bem como as devidas autorizações, legalizações e averbações perante aos Órgãos Públicos Competentes e Condomínio”, esclarece Ricardo Bogéa.
E o barulho?
Você acabou de receber as chaves do apartamento, vai aguardar a conclusão da obra e já existem pessoas morando em outros apartamentos? O que fazer para não incomodá-las com barulho e outros transtornos que as obras apresentam? Ricardo Bogéa explica que, para não causar estremecimento de relação com os novos vizinhos, o escritório de arquitetura obedecerá tudo que está estabelecido no Regulamento Interno do Condomínio, que traz informações sobre restrições de barulhos, horários estipulados para descarregamento de materiais e dias que a reforma pode ser feita (existem condomínios que proíbem obras nos fim de semana).
O regulamento Interno trata também sobre penalidades que o condômino poderá sofrer, caso não obedeça as regras estabelecidas. “Bom senso é sempre fundamental. Depois da reforma, é hora de pensar na decoração da nova casa e, mais uma vez, a ajuda de um profissional da área será muito bem vinda”, conclui Ricardo Bogéa.
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