O jeito esguio de Ana Furtado em nada lembra o de uma passista de escola de samba ou mesmo a ‘gostosura’, que costuma acompanhar as rainhas de bateria. Talvez por isso a escolha da apresentadora para ser beldade que irá reinar à frente dos ritmistas da Acadêmicos do Grande Rio tenha gerado certa desconfiança, e até mesmo boatos de que ela teria pago pelo posto.
“Essa fofoca surgiu no ano passado quando comprei 40 camisas da feijoada, no valor total de R$ 8 mil, e distribuí para a minha família e para uma galera do barracão”, lembra.
Mas não é só isso. Ana continua ajudando a escola – ela doou todos os vestidos que usou nas apresentações da agremiação para que a renda seja revertida para a Pimpolhos, escola mirim da Grande Rio.
E é por gestos como esses, delicados, transparentes, mas contundentes, que Ana Furtado foi escolhida para encarnar de forma estilizada a vidraceira da série “Operárias do Carnaval”, em que rainhas de bateria do grupo especial se transformam em um profissional que atua nos barracões das escolas de samba.
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