Esta lista não é somente de mulheres importantes da história dos games, mas das personagens mais completas e interessantes; aquelas que conseguiram mostrar que são mais do que um rostinho bonito (às vezes, não são nem um rostinho tão bonito assim).
São as verdadeiras deusas e musas inspiradoras, que mostram todos os lados do feminino: desde a aceitação, o instinto materno e o sagrado, até a fortitude, a raça e a coragem. São as garotas que fizeram o mundo dos games um lugar bem mais complexo, mais divertido e mais tocante. Aqui vai uma lista das personagens femininas que mudaram o mundo dos games.
Lara Croft (Tomb Raider)
Lara Croft Mandy DeMonay quase se chamou Laura Cruz, e começou como apenas um clone de Indiana Jones. E, do mesmo modo, sua origem e sua personalidade ganharam facetas novas e bem mais interessantes ao longo dos anos. Lara é, indubitavelmente, a personagem feminina de games mais importante de todos os tempos.
Para chegar a este status, a musa teve que provar que era bem mais do que um rostinho bonito. Afinal, em tenra idade, aos nove anos, Lara sobreviveu a um acidente de avião no Himalaia, em que assistiu ao desaparecimento (e morte presumida) da sua mãe. Miss Croft vagou por dez dias sozinha, até que chegou à civilização e pôde entrar em contato com seu pai. Desde então, ficou sob a tutela cautelosa de seu pai, Richard, que deixava a infante participar de expedições arqueológicas.
Não bastasse a morte misteriosa da mãe, o pai de Lara também falece em circunstâncias desconhecidas. Lara tinha apenas 18 anos. Teimosa, corajosa e obstinada, Croft parte em busca de respostas, quer conhecer a verdade por detrás dos acontecimentos que tanto a marcaram. Ela começa sua jornada com falas duras e sarcásticas, mas, nos jogos finais, ganha uma perspectiva de mundo mais aberta e deixa aflorar sua feminilidade. Miss Croft se torna a epífane do feminino que pode se aventurar por qualquer mundo masculino.
Samus Aran (Metroid)
Quando Samus apareceu pela primeira vez, em 1986, todo mundo acreditava que ela era, na verdade, um homem. Até que o jogo acaba e aquela protagonista feroz tira a máscara para mostrar uma bela loira. Isto é que é uma bela maneira de criar um personagem feminino que bota para quebrar: deixe que todo mundo pense que é um menino, até o último momento.
Samus, como Lara, também é uma órfã: perdeu os pais logo cedo para os Space Pirates. Depois, se tornou uma caçadora de recompensas que ajuda a destruir a organização que assassinou seus pais.
Ela protege uma força poderosa – os Metroids – que podem sugar toda a energia de um planeta, deixando-o desolado, ou curar todos os seres do mesmo planeta.
Se um poder destes cai nas mãos dos Space Pirates, pode acreditar que as consequências seriam terríveis. E, assim, Samus participa desta guerra há mais de vinte anos e consegue, no meio de toda a confusão, ainda ser uma das personagens mais bonitas e interessantes dos games.

Aeris Gainsborough (Final Fantasy VII)
Aeris (ou Aerith, na versão japonesa). Aeris é uma guerreira iluminada, que nuca perde a classe. Também tem um instinto materno enorme, e uma sensibilidade apurada para cuidar dos sentimentos dos outros. Talvez tudo isto tenha aflorado na moça por conta de sua ascendência (ela descende de uma raça antiga e sapiente, chamada Cetra) ou, talvez, pela sua paixão pela vida – Aeris é caracterizada como uma vendedora de flores. Claro, ela não apenas cultiva flores, mas consegue que as plantas cresçam em meio à cidade mais industrializada do game.
Ela encontra com Cloud, o protagonista, de modo aleatório, mas logo é raptada por um grupo chamado Turks. Aeris não é a típica donzela em perigo, já que segue sozinha para uma cidade antiga, a Forgotten City e tenta invocar a magia mais pura e forte que existe no mundo: a Holy, única coisa que pode deter o vilão de incinarar todo o mundo. Aeris é assassinada por Sephiroth (o tal vilão) e a sequência de animação em que Cloud “enterra” seu corpo é uma das mais tocante da história dos jogos eletrônicos.
Jade (Beyond Good and Evil)
Até agora, todas as nossas heroínas, incluindo Jade, são órfãs. Jade perdeu seus pais na guerra conta a raça alienígena Domz. Cresceu para se tornar um exemplo na comunidade: ela possui um abrigo para cuidar de outros órfãos da guerra. Além disso, Jade ainda tem que batalhar para cavar seu espaço como fotógrafa, e até conseguiu publicar algumas fotos no jornal.
Em um cenário futurista, em meio a robôs, humanos que misturaram seu DNA com o de animais e aliens, Jade decide que pode participar mais ativamente da guerra e usa sua câmera fotográfica para roubar segredos militares dos Domz. A história da moçoila é cativante e prende o jogador até o final. E, sim, tirar fotos é muito importante para a jogabilidade.
Zelda (The Legend of Zelda)
Até os primeiros games da série, a única participação de Zelda era ficar bonita, parada e esperar para ser salva por Link. Em um dos jogos, ela até ficou presa em um sono profundo. Quer dizer, isso não parece inspirador para outras mulheres, não é? Porém, tudo mudou quando Ocarina of Time chegou às lojas. Ela, não apenas mostra coragem desde criança, como se disfarça de homem para poder ajudar o herói. Na verdade, Link precisa (e muito) da ajuda de Zelda, que resgata o pobre em diversos momentos da trama e ainda tem diversos poderes, como premonição, telepatia e a possibilidade de criar barreiras defensivas de energia. Agora sim.
Lenneth (Valkyrie Profile)
Lenneth é a personificação da guerreira, uma Valquíria serva de Odim que renasce no mundo mortal. Como seu alter-ego, Platina, fica à mercê de uma mãe abusiva e acaba sendo vendida como escrava. Sua paixão adolescente, Julian, ajuda-a a fugir. Os dois param em um campo cheio de flores venenosas e Platina sente-se inebriada pelo cheiro e morre. Quando retorna ao mundo dos deuses, a deusa Freya apaga as memórias da sua vida mortal. Lenneth ganha, como bônus, uma lavagem cerebral e passa a atender a todos os pedidos de Odin, até que descobre seu passado. Lenneth se transforma completamente e abdica de seu status de deusa por amor a Julian.
O sacrifício, como visto em diversas obras culturais, abre portas que o protagonista nunca pode imaginar e, por tornar-se mortal, Lenneth transforma-se na própria Deusa da Criação. Nunca subestime o amor.
Princess Peach (Mario)
Ok, você pode argumentar dizendo que tudo que ela sempre fez foi ser raptada. E eu até concordaria com você. Mas eu tenho fé nesta garota. Ela já anda participando de alguns games de modo mais ativo (e, em outros, ela continua como a eterna donzela em perigo). Porém, a princesinha ganhou seu próprio game para DS com habilidades baseadas nas suas emoções. O jogo é bem bacana e tenho certeza que todas as meninas vão gostar.
Além disso, como fazer uma lista sobre personagens femininas em games sem contar com Peach? Talvez o maior trunfo da princesa seja manter sua aura rosa e fofa e ainda ser reconhecida por todos os gamers do mundo.
Chun-Li (Street Fighter)
Chun-Li é a primeira lutadora dos games. E sua história mostra que a chinesinha tem mais mais do que uma coxas grossas. Primeiro que ela teve seus pais mortos por M. Bison e lutou para se tornar uma agente da Interpol. Ela acaba entrando no torneio Street Fighter II para achar rastros da organização criminosa de Bison, chamada Shadaloo.
O resto é história e, mais do que isso, não somente história em Street Fighter, mas em todos os jogos de luta. Por causa da Chun-Li, temos essa variedade de personagens femininas em todos os outros games do gênero. Hyakuretsukyaku!
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.