Show solo

Marcelo Camelo canta Los Hermanos e até Mallu Magalhães

Músico se apresentou na abertura do festival Coquetel Molotov, no Recife.

G1

Atualizada em 27/03/2022 às 13h30

Foi em clima de "emoções" que Marcelo Camelo fez o primeiro show de sua carreira solo, nesta sexta (19), no festival No Ar Coquetel Molotov, no Recife.

O cantor e compositor provocou uma mistura de euforia e caos na estréia ao vivo de seu disco, "Sou", para cerca de 3.000 pessoas que lotaram o auditório da Universidade Federal de Pernambuco. Detalhe: a maioria delas sabia de cor todas as novas letras.

Camelo subiu ao palco sozinho, acompanhado apenas de um violão. Os primeiros versos da inédita "Téo e gaivota" mal puderam ser ouvidos, tal o alvoroço da platéia. Não demorou muito, porém, para que os gritos histéricos virassem uma onda sonora entoando o mesmo hino, como nos velhos tempos de Los Hermanos.

A satisfação do músico estava estampada em seu rosto. "Tinha de ser aqui, tinha de ser hoje, tinha de ser no Recife e tinha de ser com vocês", comemorou.

Se o Hurtmold é um dos principais responsáveis pelos arranjos elegantes de algumas faixas do álbum, ao vivo a escolha da banda se mostra ainda mais inteligente. O grupo paulistano deu o merecido respaldo às letras de Camelo, permeando com seu som experimental músicas como "Menina bordada" e "Doce solidão". Aqui, os 10 anos de experiência do sexteto renderam uma performance impecável. Destaque também para a participação do trompetista americano Rob Mazurek.

Sempre econômico nas palavras, Camelo não poupou comentários durante a apresentação, surpreso ao ver o público tão afiado. "A alegria de estar com vocês não tem medida, não há palavra que caiba aqui. Que saudades que eu estava", derreteu-se. O auge da "fofura" foi quando a cantora Mallu Magalhães, que se apresenta na segunda noite do festival, subiu ao palco na hora da faixa "Janta".

"Ela mudou o meu jeito de ouvir música e de ver a vida", disparou o cantor. Só que as lágrimas foram mais fortes e quase não deixaram a adolescente cantar. "Eu não conseguia parar de chorar", lamentou-se, mais tarde, a cantora no backstage. Além de mimada com abraços e beijinhos, ela ainda foi homenageada quando Camelo cantou "Tchubaruba", que virou hit na internet.

Além da canção "Morena", em dueto com a artista mirim, Camelo relembrou da fase Los Hermanos a bela "Pois é" e a menos conhecida "Liberdade" - todas recebidas com igual fervor pelos fãs com seus arranjos diferentes. A festiva "Copacabana", do álbum solo, encerrou a apresentação em clima de carnaval e Chico Buarque. Marcelo Camelo, é claro, saiu ovacionado. E esse foi só o começo.

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