As tardes de Codó também têm sido de muita fantasia. Pelo menos esta é a proposta de um grupo que resolveu sair este ano, pela primeira vez, fantasiado e dançando marchinha como nos velhos tempos.
No ritmo da brincadeira todos se divertem. No bloco da Fantasia, tem enfermeira que presta socorro o tempo todo. Zumbi que exibe sua performance entre danças e gargalhadas. Anjinhos e demônios brincam juntos e, diferente da guerra que travam em algum lugar do mundo espiritual, no bloco da fantasia um ensina o outro.
A advogada, Teresa Cristina Serra, vestida de anjo, trouxe a filha, Thaís Serra (com chifrinhos coloridos e o velho tridente), para a brincadeira com o intuito de mostrar-lhe como ela brincava carnaval antigamente em Codó. “Eu nasci em Codó e sempre vivi estas brincadeiras de carnaval e trouxe minha filha de Belém – PA para mostrar como é que a gente fazia. Resgatando a nossa cultura, com paz, com saudade e muita alegria” justificou a advogada.
Thais, depois de mergulhar no túnel do tempo da mãe, adorou. “Estou adorando, venho todo ano e cada ano que venho trago mais amigos para mostrar pra eles como isso aqui é bom, como é gostoso”, disse a estudante que veio à cidade numa caravana de 17 pessoas do Pará. Da última vez, a mãe afirma que eram apenas cinco.
Quem já teve a oportunidade de ver o bloco subindo a Av. Augusto Teixeira já viu representantes do frevo de Olinda dançando como o histórico Pierrot, aquele da paixão por Colombina mesmo, na maior felicidade. Até heróis saem das histórias em quadrinhos para cair na festa em Codó. O médico, Armando da Veiga Cruz, vestiu-se de Homem-Aranha. “É o super-herói do momento, além de jogar teia”, disse.
Homem Aranha tem uma missão neste bloco, missão de resgate. “O que nós tentamos fazer foi resgatar o carnaval de rua, a marchinha e esquecer outras coisas que estão botando aqui. Carnaval é isso aqui, frevo e fantasia”, explicou o médico folião.
Para acompanhar esse resgate, uma banda de sopro e batidas de tarol dita o ritmo. Só marchinhas são executadas por afinados músicos, entre os quais o renomado professor Wildelano Sousa, do projeto Maná. Quem participa ou ver o bloco da Fantasia passar sai satisfeito. “ A gente tem que retornar ao carnaval de antigamente e àquelas marchinhas antigas. A gente está aqui recuperando coisas que estavam mortas, estamos revivendo o carnaval de antigamente e, sem dúvida, o carnaval de Codó é o melhor de 2008”, disse o empresário, Paulo Alcântara.
Todos já esperam crescimento do bloco para 2009. O jornalista e radialista, Alberto Barros, fantasiado de pirata, por exemplo, quer ver mais gente e criatividade ano que vem. “Eu acho que ano que vem vai aumentar. O pessoal vai ver, cada um vai usar sua criatividade para montar sua fantasia. É uma brincadeira, aqui tem polícia federal, tem homem-aranha, Coringa, Pirata, tem presidiário, tem de tudo. A tendência é melhorar cada vez mais, é crescer”, frisou o jornalista.
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