Gil destaca integração e diálogo na abertura do 1º Encontro Sul-Americano de Culturas Populares

Rádio Nacional AM

Atualizada em 27/03/2022 às 14h16

Brasília - Uma apresentação da Orquestra de Viola Caipira de São Paulo marcou a abertura, há pouco, do 1º Encontro Sul-Americano de Culturas Populares. Além dos 13 países da América do Sul e ainda México e Cuba, delegações dos 27 estados brasileiros enviaram seus representantes para os quatro dias do encontro.

O ministro da Cultura, Gilberto Gil, destacou a importância da cultura para o desenvolvimento humano, e do encontro, em especial, para a valorização da identidade e da diversidade cultural do Brasil. “Esta é uma ação de integração e diálogo com países da América do Sul no âmbito da arte e da cultura nas suas manifestações mais populares”, enfatizou.

Gil ainda lembrou que a maioria dos brasileiros nunca teve acesso às culturas dos vizinhos ao sul do continente e que a referência nacional em cultura sempre foi a produção européia, em tempos mais remotos, e a norte-americana, nas últimas décadas.

Por vezes transmitida pela tradição letrada e acadêmica, a cultura erudita se elitizou no país, acrescentou o ministro, e não permitiu a projeção das expressões que ele chamou de "não-letradas", destacando a música, a dança, o artesanato, dentre outras manifestações culturais populares. A arte genuinamente do povo, disse, “acabou vivendo um confinamento, excluída das agendas e encontros sobre essa temática”.

A proposta do encontro é repensar a construção da nação brasileira na perspectiva das manifestações culturais populares e unir os povos vizinhos diante desse desafio. Nesse sentido, Gilberto Gil destacou a importância de iniciativas como a criação de uma rede de mídia integrada, a exemplo da TV Sur, da Venezuela, e da TV Brasil-Canal Integración, da Radiobrás.

"É possível que a partir de um diálogo entre as identidades e diversidades culturais dos países, povos e governos também se aproximem e o que se tenha seja um espelho capaz de refletir imagens sem distorções e preconceitos", finalizou o ministro.

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