NOVA YORK - Jackson, de 44 anos, sempre quis refilmar King Kong, desde que tinha nove anos de idade, e viu o original na televisão em sua Nova Zelândia natal.
- Teve um efeito tão grande em mim quando tinha nove anos que me fez desejar fazer filmes. No dia seguinte eu ganhei dos meus pais uma câmera de filmar Super 8 e comecei a fazer animação com um dinossauro de argila - disse Jackson sobre recriar a cena na qual King Kong luta contra um tiranossauro.
- Como um fã de cinema e um fã de King Kong, eu realmente queria ver como o filme ficaria com a tecnologia que temos agora - disse Jackson a jornalistas em uma entrevista coletiva para promover o filme.
O Kong original, dirigido por Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack, surpreendeu a platéia com efeitos especiais que hoje podem parecer rudimentares, mas que eram revolucionários na época.
A versão de Jackson também deixa de lado a suposta atração sexual do macaco por Ann, como é mostrado nas versões de 1933 e de 1976, criando em vez disso uma relação mais atraente e possível.
Naomi Watts diz ter consciência de que recriava "um papel ícone" ao interpretar a personagem que ficou famosa na pele de Fay Wray há mais de 70 anos. Ela se encontrou com Wray alguns meses antes da morte da mesma, em 2004, aos 96 anos, e se lembra do momento em que Jackson apresentou as duas atrizes durante um jantar.
- Ela (Wray) olhou para mim e disse, 'Você não é Ann Darrow. Eu sou!' No final da noite, ela cochichou no meu ouvido 'Ann Darrow está em boas mãos'. Essas foram grandes palavras - disse Watts de seu único encontro com Wray.
Watts diz que Andy Serkis, o ator por trás de Kong,o responsável por tornar possível uma relação entre um macaco solitário e uma mulher, que ele salva várias vezes da morte.
Os dois se encontram na ilha Skull, e o grande gorila - o último de sua espécie - trazido de volta para Nova York e para o topo do Empire State Building, em uma cena que recria a Nova York dos anos 1930 nos mínimos detalhes. A versão de 1976 terminava nas Torres Gêmeas do World Trade Center.
Para se preparar para o papel, Serkis estudou os gorilas em Ruanda e no zoológico de Londres. O ator já havia trabalhado com Jackson, quando ajudou na criação do personagem Gollum em "O senhor dos anéis".
- King Kong é um personagem emocionalmente descomplicado. Ele tem um coração puro. E Ann Darrow é uma pessoa inacreditavelmente complicada - disse Serkis. - Tudo tem a ver com o instinto do gorila de ter uma companheira. Ele não é um assassino psicótico que destroa mulheres como uma espécie de frustração sexual.
A história também é um triângulo amoroso, já que a personagem de Darrow começa a se apaixonar pelo escritor Jack Driscoll, que é interpretado pelo ator Adrien Brody (que ganhou um Oscar por "O pianista").
- Se esses dois personagens (Kong e Driscoll) fossem colocados em um só, isso com certeza faria o homem perfeito - disse Watts. - Adrien Brody interpreta o escritor. Ele tem todas as palavras. Kong tem a alma, e a força.
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