O Dono do Mar ganha nova edição

O livro do escritor e senador José Sarney chega à 9ª edição, pela Editora Arx.

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h40

SÃO LUÍS - Com nova capa e novo projeto gráfico, o livro O Dono do Mar, do escritor e senador José Sarney, chega à 9ª edição, 10 anos após seu lançamento.

Sucesso editorial no Brasil, onde gerou as reedições, o trabalho também é reconhecido internacionalmente, com traduções para várias línguas, entre elas, francês, espanhol e romeno.

O novo projeto gráfico é assinado por Sheila Fahl, da Casa das Idéias, com capa de Ana Suely Dobon, que escolheu como ilustração uma bela imagem de Neith Neale, da OtherImages.

Na capa e na contracapa, a mesma tela retratando barcos à beira da praia com pescadores ao fundo preparando suas redes para entrar no mar.

Publicada pela Editora Arx, do grupo Siciliano, a obra estará disponível nas livrarias semana que vem, sendo que a aquisição já pode ser feita pela internet (www.siciliano.com.br).

Para localizar o leitor, na página 6 há um mapa com a marcação do local onde se desenvolve a saga de Antão Cristório, o litoral do estado.

Um texto ajuda o leitor a situar-se: “O Golfão Maranhense, no norte do Brasil, é um complexo geográfico de variadas características, fauna e flora diversificadas, reino das bianas, canoas e igarités dos pescadores do Maranhão.

As baías de São Marcos, São José, Panaquatira e arquipélago de Santana. São pontas, praias, parcéis, ilhas, rios, atóis, mangues, barreiras, baías, croas, bancos, lavados, igarapés, quebradas, enseadas (...)”, descreve o texto.

Fantástico

A aventura, recheada de realismo fantástico, é iniciada no porto de Mojó. Enquanto narra a trajetória do capitão Cristório, o autor descreve com precisão vários outros pontos do litoral maranhense, território dos piocos, seres fantásticos que vivem na profundeza das águas e tem um só olho, no meio da testa.

Ao final do livro, como todo bom marujo, o autor oferece uma Tábua de Personagens, para que o leitor se familiarize com os tipos que compõem a trama. Entre os nomes, há homenagens, como no caso de Alcione (uma cantora filha de Nazaré) e muita excentricidade na escolha, a exemplo de Armindeu, Criotinda, Dresdena, Querente, Zé Berziga e Zimbório.

Há ainda um glossário, em ordem alfabética, para que o leitor tome ciência de alguns termos do “maranhês” falado pelos pescadores. Na lista de termos, arvorado (embarcação que tem acentuada para cima sua linha de proa), bisalho (pequena bolsa para jóias), caçoeira (rede de arrasto usada na pesca em alto mar), de corte (de maneira rápida e direta), engonçado (emaranhado), moça (virgem), pixé (mau cheiro) e tremoço (faniquito).

A obra de ficção, cuja primeira edição foi lançada em 1995, recebeu elogios de público e crítica.

“Ninguém na literatura brasileira alcançou tais alturas no realismo mágico”, escreveu o antropólogo Darcy Ribeiro. Na definição de Claude Lévi-Strauss, O Dono do Mar é uma “obra monumental”.

O livro rendeu ainda um filme, dirigido por Odorico Mendes, que está em fase de finalização. Em sua bibliografia, José Sarney traz ainda livros como Norte das Águas (1979), Os Maribondos de Fogo (1988), Sexta-Feira, Folha (1994), A Onda Liberal na Hora da Verdade (1999), Saraminda (2000) e Crônicas do Brasil Contemporâneo (volumes I e II - 2004).

Serviço

Livro/Lançamento

O Dono do Mar, de José Sarney

Editora

Editora Arx

Páginas

272

Preço

R$ 24,90

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