RIO - Com pouco mais de uma semana de atraso, o senador José Sarney recebeu nesta sexta-feira, o prêmio José Olympio, concedido pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) a personalidades que se destacaram na promoção do livro e da leitura.
O prêmio, um troféu representando o personagem Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, seria entregue na abertura da Bienal do Livro, na quinta-feira da semana passada, mas Sarney não compareceu por motivos de saúde.
- Tenho 75 anos e nessa idade não se brinca com saúde - disse ele, bem-humorado.
Sarney, também membro da Academia Brasileira de Letras, recebeu o prêmio por ter criado, em 2003, a Lei do Livro que regula o mercado e que permitiu a isenção fiscal do Pis/Cofins, uma iniciativa para desonerar a cadeia produtiva do livro.
Logo depois de receber o troféu das mãos do editor Marcos Pereira, da editora Sextante e também neto de José Olympio - um dos editores fundamentais para a consolidação do mercado brasileiro, que publicou nomes importantes como José Lins do Rego e Graciliano Ramos - Sarney fez um discurso sobre seu amor aos livros e sobre a perenidade do objeto que, segundo ele, ainda é a mais perfeita invenção.
- Ninguém precisa ligar o livro. Ele cai e não quebra. E ainda tem dentro dele todos os programas possíveis, de turismo, de ciências, de tudo - frisou o acadêmico.
Sarney reconheceu que ainda há muito a ser feito para fomentar a leitura, como a multiplicação de livrarias no país e a redução do preço dos livros, mas afirmou que o governo vem tomando diversas medidas para incentivar o setor.
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