SÃO LUÍS – A Fundação Antônio Jorge Dino aproveita a data em homenagem às mulheres para chamar a atenção para um problema que vem preocupando os órgãos de saúde em todo o pais: o aumento na incidência de câncer de cólo uterino na população feminina.
Em todo o país, estima-se que o câncer de colo do útero seja o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres, sendo superado pelo câncer de pele (não-melanoma) e pelo de mama; e que seja a quarta causa de morte por câncer em mulheres. Para o ano de 2003, as Estimativas da Incidência e Mortalidade por Câncer apontavam a ocorrência de 16.480 novos casos e 4.110 óbitos por câncer do colo do útero.
No Maranhão, a expectativa é que sejam registrados, em 2005, 560 novos casos da doença, sendo 250 só na capital. A relação é de 18,34 mulheres com câncer de colo uterino para cada grupo de 100 mil que não sofrem da doença.
Pensando nesses números, a Fundação Antônio Jorge Dino decidiu, mais uma vez, mobilizar seus profissionais para realizar uma ação preventiva com a população feminina maranhense. A ação acontece nesta terça-feira, durante todo o dia, no Shopping Colonial, na Rua Grande, Centro da Cidade.
No local, será montado um posto de coleta de material para o exame preventivo de câncer de colo de útero, o Papanicolau. Todos os exames serão levados para análise no Hospital Aldenora Bello, e, depois entregues às pacientes que se submeteram aos exames. Caso sejam detectados casos suspeitos, os profissionais orientarão as pacientes a realizarem novos exames e, se for o caso, iniciar o tratamento.
O câncer de colo uterino está diretamente relacionado a fatores como o início precoce da atividade sexual, a multiplicidade de parceiros sexuais, o tabagismo (diretamente relacionados à quantidade de cigarros fumados), a higiene íntima inadequada e ao uso prolongado de contraceptivos orais. Estudos recentes mostram ainda que o vírus do papiloma humano (HPV) tem papel importante no desenvolvimento da doença, estando presente em mais de 90% dos casos de câncer do colo do útero.
A prevenção é relativamente simples. Pode ser realizada através do uso de preservativos durante a relação sexual, uma vez que a prática de sexo seguro é uma das formas de evitar o contágio com o HPV.
Além disso, é muito importante a realização regular do exame preventivo, já que, como outros tipos de câncer, a detecção precoce da doença diminui bastante o índice de mortalidade e aumenta, consideravelmente, as chances de cura da paciente.
O exame é indicado a todas as mulheres, entre 25 e 59 anos, que já tiveram ou mantêm atividade sexual. Inicialmente, o exame deve ser feito anualmente, e, caso dois exames seguidos (em um intervalo de 1 ano) apresentarem resultado normal, o exame pode passar a ser feito a cada três anos.
Pacientes envolvidas em programação especial
Além da ação preventiva de câncer de colo de útero realizada no Centro da Cidade, a Fundação Antônio Jorge Dino preparou uma extensa programação para as pacientes internadas no Instituto Maranhense de Oncologia Aldenora Bello (IMOAB) e na Casa de Apoio Erosilda Mota, que abriga pacientes vindas do interior.
Durante todo o dia, no Ambulatório do Hospital, estará sendo realizado um Ciclo de Palestras, além de outras atividades.
A partir das 9h, a assistente social Geovanna Botão abre a programação com a palestra “Direitos da Mulher com câncer”. Em seguida, às 10h, acontece um desfile com roupas do brechó que é mantido pela Fundação, com direito a dicas de maquiagem e sorteio de brindes. Na seqüência, a advogada Camilla Guanaré falará sobre o tema “Não à violência à mulher”, às 11h.
À tarde, a programação será retomada às 15h, com a palestra “Aspectos Emocionais dos pacientes com câncer”, ministrada pela psicóloga Luciana Mota. Às 16h, as pacientes assistirão a uma nova sessão de desfile das roupas do brechó e o sorteio de brindes. Finalmente, fechando a programação, às 17h, a oncologista Dulcelena Ferreira explicará como é feita a “prevenção do câncer ginecológico”.
O desfile das roupas do brechó terá a participação das pacientes da clínica médica e da Casa de Apoio Erosilda Mota, além de mães da Casa de Apoio Criança Feliz e voluntárias do Núcleo de Voluntárias Santinha Furtado.
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