O italiano Roberto Benigni ameaça o Brasil mais uma vez com sua versão para a fábula de Pinóquio
Embora a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas ainda não tenha anunciado a lista final de países inscritos para a disputa do Oscar 2003 de filme estrangeiro, já é possível identificar alguns dos adversários mais significativos de “Cidade de Deus”, candidato oficial do Brasil. E a ausência de bichos-papões na disputa, somada à disposição da Miramax, distribuidora do filme de Fernando Meirelles nos EUA, de investir forte numa campanha de marketing visando ao Oscar, permitem que se leve a sério o cacife do Brasil.
O site da revista “Screen international” (www.screendaily.com) lista as escolhas de 40 países. Segundo informações oficiais da Academia, a lista final deverá ter 55. O prazo para as inscrições está encerrado há 15 dias, mas a organização costuma ser flexível e estendê-lo quando há motivos. A Itália, por exemplo, dependia dos resultados de uma votação cujo prazo sabidamente terminaria depois de 1 de novembro para anunciar seu candidato.
O francês '8 mulheres', com Catherine Deneuve encabeçando o elenco de estrelas, também confirmado na disputa com o Brasil
É italiano, por sinal, o candidato mais high profile apresentado até agora: a versão de Roberto Benigni para “Pinóquio”. O filme estreará nos EUA em grande estilo: no dia de Natal, com uma parte das cópias dublada em inglês. No entanto, a premiação de Benigni por “A vida é bela” (além do Oscar de filme estrangeiro, ele ganhou o de melhor ator) é muito recente e controvertida para que se aposte num repeteco.
A própria Espanha tirou Almodóvar do páreo - Ao indicar oficialmente “Los lunes al sol”, de Fernando León de Aranoa, a Espanha tirou da disputa o festejado “Fale com ela”, de Pedro Almodóvar (que, de qualquer forma, também foi premiado há pouquíssimo tempo). Fora “Pinóquio”, os filmes de maior circulação internacional já confirmados na disputa são “8 mulheres”, de François Ozon (França), e “Um homem sem passado”, de Aki Kaurismäki (Finlândia).
Inicialmente, porém, a briga de “Cidade de Deus” é com filmes latino-americanos. O sistema de escolha dos cinco indicados divide o planeta em chaves, como na Copa do Mundo. A competição mais forte é com o mexicano “O crime do padre Amaro” e o argentino “Kamchatka”. Mas são filmes com cacife internacional menor que o de Fernando Meirelles, que a revista americana “Premiere”, na cobertura do Festival de Cannes, chama de obra-prima.
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