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Sabrina Carpenter critica governo Trump após Casa Branca usar música “Juno” em vídeo sobre deportações

Artista chamou a publicação de “maligna e repugnante” após trilha ser usada para promover operações do ICE. Outros artistas já se posicionaram contra.

Na Mira, com informações do g1

Atualizada em 03/12/2025 às 14h46
Sabrina Carpenter critica governo Trump após Casa Branca usar música “Juno” em vídeo sobre deportações.
Sabrina Carpenter critica governo Trump após Casa Branca usar música “Juno” em vídeo sobre deportações. (Reprodução/Instagram)

MUNDO - A tensão entre artistas pop e o governo de Donald Trump ganhou um novo capítulo nessa terça-feira (2). A Casa Branca publicou no TikTok um vídeo que usa a música “Juno”, de Sabrina Carpenter, como trilha sonora para promover protestos contra operações do ICE (Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA). O material traz montagens de agentes detendo e algemando imigrantes considerados ilegais, em linha com a promessa de Trump de implementar “o maior programa de deportação da história do país”.

Em turnê, Sabrina Carpenter "prende", de forma divertida, as celebridades que assistem aos seus shows, entregando-lhes um par de algemas felpudas rosa, durante a música "Juno" 

Na legenda, o perfil oficial do governo usou um trecho da letra da música “Você já tentou essa [posição]?” em tom de provocação, aproximando a canção da narrativa política.

A reação de Sabrina ocorreu rapidamente. Em publicação no X, a cantora disparou: “Este vídeo é maligno e repugnante. Nunca me envolvam, nem a minha música, para beneficiar a sua agenda desumana.”

Repercussão: artistas se unem contra as políticas migratórias

A crítica de Sabrina não veio isolada. Nos últimos anos, diversos artistas têm se posicionado contra as ações do ICE e contra o uso de músicas por parte da administração Trump em publicações consideradas ofensivas.

Addison Rae afirmou estar “decepcionada e perturbada” com as operações, reforçando que os Estados Unidos “não poderiam existir sem imigrantes”.

Shakira disse à BBC que ser imigrante significa “viver com medo constante”, e defendeu que, independentemente das políticas, o tratamento às pessoas “precisa ser humano”.

Em 2025, Bad Bunny chegou a cancelar apresentações de sua turnê mundial nos EUA por temer que agentes do ICE invadissem seus shows.

O caso de Sabrina Carpenter soma-se a uma lista cada vez maior de músicos que criticaram a apropriação de suas obras pela Casa Branca para reforçar mensagens políticas.

Em novembro de 2025, um vídeo oficial sobre deportações usou “All-American Bitch”, de Olivia Rodrigo. A cantora reagiu imediatamente, pedindo que o DHS e o governo “nunca usem minhas músicas para promover sua propaganda racista e odiosa”. Olivia, aliás, já havia participado de protestos contra o ICE meses antes, quando denunciou as “deportações violentas” e a “dor dos meus vizinhos” sob a administração atual.

Ao longo dos anos, Celine Dion, Foo Fighters, Bruce Springsteen e Beyoncé também se posicionaram contra o uso indevido de suas canções em eventos ou ações ligados a Trump.

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