MODA

Bonecos, bichinhos e chaveiros: a febre dos penduricalhos que dominou a moda

De Labubu a Jellycat, acessórios lúdicos ganham espaço nas bolsas, roupas e até nas passarelas, entre a fofura e o consumo exagerado.

Na Mira

Atualizada em 20/07/2025 às 14h37
Bonecos, bichinhos e chaveiros: a febre dos penduricalhos que dominou a moda.
Bonecos, bichinhos e chaveiros: a febre dos penduricalhos que dominou a moda. (Getty Images)

MUNDO - Pelúcias, brinquedos e chaveiros fofinhos deixaram o quarto infantil para ocupar as ruas, os closets de celebridades e as passarelas de grifes renomadas. A tendência de pendurar personagens lúdicos em bolsas, calças e mochilas ganhou força nas últimas temporadas e já se tornou um dos fenômenos mais marcantes da moda atual. Entre os favoritos estão os bonecos Labubu, os chaveiros da Jellycat e até os clássicos macaquinhos da Kipling, que fazem parte dessa estética há décadas.

A personagem Labubu, criação do ilustrador hongconguês Kasing Lung, surgiu em 2015 como um esboço que virou livro e depois se transformou em brinquedo. Inspirada na mitologia nórdica, ela é representada com grandes olhos e um sorriso de coelho travesso. A popularidade explodiu de vez quando celebridades como Rihanna, Dua Lipa, Rosé, LISA e Marina Ruy Barbosa começaram a aparecer em público com suas Labubus penduradas em bolsas de grife.

Leia também: Labubu: conheça a atual febre no consumismo mundial

A marca responsável pela produção, Pop Mart, precisou até suspender temporariamente as vendas em lojas físicas do Reino Unido devido a aglomerações. Os bonecos, que custam em média US$ 85 (cerca de R$ 480), chegam a esgotar em minutos. O hype é tão grande que as pelúcias viraram artigo de luxo, dividindo espaço com bolsas de couro e sapatos de designer.

Junto com a Labubu, outros nomes cresceram nesse nicho. A britânica Jellycat tem conquistado o guarda-roupa de fashionistas com pelúcias em forma de frutas, animais, objetos e até comidas. Miniaturas de dragões, bananas e guitarras aparecem como chaveiros, broches ou enfeites em mochilas e calças cargo.

Apesar de parecer nova, a tendência tem raízes mais antigas. Em 2014, a Fendi desfilou em Milão com um chaveiro que imitava o visual de Karl Lagerfeld. O objeto virou febre entre fashionistas. No Brasil, o SPFW N56, em 2023, trouxe a marca Martins com acessórios recheados de minipeças como joysticks, bonequinhos e até latas de refrigerante.

A estética ganhou ainda mais força com as coleções da Dendezeiro e Thom Browne em 2025. As marcas apostaram em bolsas em formato de animais como capivaras e dachshunds. O modelo usado por Anitta, por exemplo, tem formato de cachorro salsicha e custa cerca de R$ 25 mil. Grifes como Balenciaga e Mnisis também mergulharam nessa onda, incorporando objetos excêntricos e até casacos usados como enfeite de bolsa.

Por trás da diversão e da nostalgia, surge também um leve questionamento: até que ponto o apelo visual vale o preço e o consumo desenfreado? Em meio a bonecos de R$ 500 e bolsas em forma de bicho, a moda brinca com a imaginação, mas também com a carteira.

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