'Rastafari'🎵

MC Cabelinho lança música inspirada na cultura reggae do Maranhão

Imagens do clipe de 'Rastafari' mostram elementos típicos da cultura do reggae como radiolas, estilo de dança agarradinho e diversas roupas nas cores verdes e vermelho.

Na Mira, com informações do g1 MA

Atualizada em 02/09/2025 às 10h13
O novo clipe do artista trouxe diversas referências a cultura reggae do Maranhão, como radiolas, o estilo de dança “agarradinho” e roupas nas cores verde e vermelho.
O novo clipe do artista trouxe diversas referências a cultura reggae do Maranhão, como radiolas, o estilo de dança “agarradinho” e roupas nas cores verde e vermelho. (Foto: Reprodução/Redes sociais)

MARANHÃO - O cantor, compositor e ator MC Cabelinho lançou nessa segunda-feira (1º), o clipe da sua nova canção ‘Rastafari’, gravado em Santo Amaro do Maranhão.

O novo clipe do artista trouxe diversas referências a cultura reggae do Maranhão, como radiolas, o estilo de dança “agarradinho” e roupas nas cores verde e vermelho, que simbolizam a cultura reggae do Maranhão.

Além disso, algumas cenas do clipe foram gravadas nas dunas dos Lençóis Maranhenses. Com uma referência à Raul Seixas, o cantor retratou na nova canção a transição dos ritmos que coleciona na carreira musical, como o rap, funk e trap.

Assista ao clipe de 'Rastafari':

No clipe também participaram a modelo maranhense Jacy Furtado, o psicólogo e escritor Rômulo Mafra e o cantor Marco Gabriel. Segundo MC Cabelinho, a escolha de Santo Amaro para o clipe é uma referência ao elo afetivo com suas raízes, já que a cidade está ligada a sua avó, que nasceu em São Luís. 

Reggae na ilha do amor: história, tradições e o cenário atual

São Luís, mais conhecida como a Jamaica brasileira é palco de um dos ritmos marcantes originários da Jamaica, o reggae. São Luís não só abraçou o ritmo como também o reconheceu como parte da cultura da cidade, destacando como um dos lugares que acolheu o reggae como ritmo popular fora do país de origem. Em setembro de 2023, a cidade recebeu, oficialmente, o título de Capital Nacional do Reggae, destacando como mais uma conquista no cenário cultural.

Com origem no final da década de 1960 na Jamaica, o reggae só ganhou popularidade em São Luís a partir dos anos 1980. Nessa época, o gênero enfrentava resistência e preconceitos sociais e raciais, especialmente entre as altas classes, devido ao movimento que relutava contra as normas estabelecidas pela sociedade. Embora não exista um documento que comprove como o reggae chegou em São Luís, o questionamento já gerou diversos questionamentos.

Segundo a jornalista Karla Freire, especialista em jornalismo cultural, ela explica que há várias hipóteses sobre a chegada do reggae em São Luís, sendo a mais aceita a de que o ritmo teria chegado através de vinis trazidos por navios que vinham das ilhas à fora.

”A teoria mais certa é de que o reggae chegou aqui no Maranhão através dos vinis que eram trazidos por navios que vinham de outras ilhas. Os marinheiros chegavam aqui e trocavam esses vinis em troca de serviços ou alimentos. E foi através também via terrestre, pois iam muito DJ’s daqui (São Luís) para o Pará e compravam esses vinis nas feiras e então traziam pra cá, e a partir disso chegaram nas mãos dos DJ’s que faziam a festa e as pessoas acabaram que gostaram”, disse Karla.

Atualmente, São Luís tem centenas de radiolas, com DJs. As bandas se multiplicaram e a cidade ganhou em 2018 o primeiro museu temático sobre o ritmo, fora da Jamaica, o Museu do Reggae Maranhão.

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