BRASIL - O estádio Morumbis, em São Paulo, recebeu, nesse sábado (22), quase 70 mil pessoas para acompanhar o primeiro show do Oasis no Brasil desde 2009. A apresentação marcou o reencontro do público brasileiro com a banda de Manchester após 16 anos da separação dos irmãos Noel e Liam Gallagher.
Apesar da longa pausa, o grupo apresentou uma performance consistente e bem ensaiada, reflexo não apenas dos cinco meses de estrada com a nova turnê mundial, anunciada em 2024, mas também da própria trajetória que consolidou o Oasis como um dos principais nomes do britpop. A banda retorna ao mesmo estádio neste domingo (23), com ingressos novamente esgotados.
Oasis em clima de celebração
Ao longo do show, chamou atenção a atmosfera mais leve entre os Gallagher no compartilhamento dos vocais, ainda que Liam mantivesse o hábito de deixar o palco durante as músicas conduzidas por Noel. Do lado da plateia, o clima foi o esperado para uma apresentação de grande porte: jatos de água e cerveja foram arremessados principalmente no início, sem grandes incômodos aos fãs.
Além de Liam e Noel, o guitarrista Paul "Bonehead" Arthurs foi o terceiro integrante original no palco. O grupo se completou com Gem Archer (guitarra) e Andy Bell (baixo), membros desde 1999. O repertório concentrou-se nos dois primeiros álbuns da banda, Definitely Maybe (1994) e (What’s the Story) Morning Glory? (1995), além de faixas de The Masterplan (1998) e aparições pontuais de trabalhos posteriores.
Como foi o show do Oasis
A noite começou com Richard Ashcroft, que apresentou um set curto e baseado em hits do The Verve, como “Lucky Man” e “Bittersweet Symphony”. A recepção foi moderada, mas suficiente para estabelecer o clima britânico da programação.
Com apenas cinco minutos de atraso, o Oasis abriu o show com “Hello”, seguida de “Acquiesce”, acompanhada por projeções que misturavam imagens dos integrantes e artes da turnê. Liam subiu ao palco com um casaco corta-vento alaranjado, enquanto Noel optou por uma jaqueta azul acinzentada. Bonehead chamou atenção ao vestir uma camisa da seleção brasileira.
Durante “Cigarettes & Alcohol”, Liam pediu que o público evitasse a tradicional “ola” e introduziu o poznán, costume de torcedores do Manchester City em que os fãs se abraçam e viram de costas para o palco. A maioria atendeu ao pedido, mesmo sem entender totalmente o contexto.
A primeira balada da noite foi “Talk Tonight”, com Noel nos vocais, seguida por uma das mais cantadas do show: “Little by Little”, que chegou a encobrir o som do vocalista. “Stand by Me” marcou o retorno de Liam ao palco, gerando um dos momentos de maior participação do público.
Faixas mais lentas, como “Fade Away” e “Cast No Shadow”, reduziram um pouco o ritmo, mas foram rapidamente compensadas por músicas mais energéticas, como “Slide Away”, “Live Forever” e “Rock ’n’ Roll Star”, que antecederam o bis.
Final com karaokê coletivo
Após quatro minutos de pausa, o bis chegou com quatro faixas matadoras. “The Masterplan” merecia mais vibração da plateia, mas a energia voltou com tudo em “Don’t Look Back in Anger”, que virou hino coletivo. “Wonderwall” transformou o estádio em um grande karaoke britânico sob o céu paulistano.
Para encerrar, a épica “Champagne Supernova” veio acompanhada de uma bela queima de fogos, marcando o fim de uma noite que já entrou para a história dos shows internacionais no Brasil.
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