Thalita Rebouças comemora 25 anos de carreira com novo filme e estreia internacional
Autora de sucessos juvenis, Thalita Rebouças, vive ano marcante com filme novo, estreia nos EUA e reflexões sobre literatura, e conexão com leitores.
Para muitos adolescentes que cresceram nos anos 2000, abrir um livro de Thalita Rebouças era quase um ritual de passagem. Obras como Fala Sério, Mãe! marcaram gerações ao trazer humor, identificação e uma linguagem acessível que dialogava diretamente com o público jovem.
Agora, 25 anos após o lançamento de seus primeiros títulos, a autora vive um dos momentos mais importantes da carreira, com novo filme, estreia nos Estados Unidos e um olhar maduro sobre o mercado literário e seu papel como escritora.
Novo filme e ano especial para Thalita Rebouças
Prestes a lançar o décimo filme baseado em suas obras, desta vez uma adaptação de Traição Entre Amigas, Thalita Rebouças descreve 2025 como um marco na trajetória pessoal e profissional.
“Este ano foi muito especial”, afirma, ao comentar o período de conquistas. “É um tempo de muita coisa linda e nova. Não podia ter ano melhor. Estou muito realizada”, completa, em tom comemorativo.
Com mais de 20 livros publicados e diversas adaptações cinematográficas de sucesso, a autora se firma como um dos nomes mais presentes e influentes da literatura voltada ao público juvenil no Brasil.
Estreia nos Estados Unidos marca nova fase
Além das celebrações no Brasil, Thalita vive também o entusiasmo de ter seu trabalho lançado pela primeira vez nos Estados Unidos. Ela destaca que a editora HarperCollins, com dois séculos de história, nunca havia publicado uma autora brasileira até agora.
“Os Estados Unidos têm esse apelo de serem a ‘meca do cinema’. E é a primeira vez, em 200 anos de história, que a HarperCollins vai publicar uma autora brasileira. Isso é muita coisa”, afirma.
Segundo ela, o momento representa um recomeço profissional, desta vez voltado ao público internacional.
O segredo do sucesso de Thalita Rebouças
Ao comentar a permanência de sua popularidade ao longo de 25 anos, Thalita ressalta que sua escrita é guiada pela leveza.
“Acho que o segredo é não me levar a sério”, explica. Ela acrescenta que nunca escreveu com a intenção de ensinar algo ao leitor ou ditar certo e errado.
“Quero que as pessoas leiam e tirem suas próprias conclusões”, diz, ao destacar a importância de permitir que o público se identifique com acontecimentos e sentimentos do cotidiano.
Para a autora, a combinação entre humor, empatia e ausência de julgamentos é o que faz suas histórias continuarem dialogando com diferentes gerações.
“Quero que os leitores aprendam a rir deles mesmos, percebam que não estão sozinhos e entendam que tudo acontece na casa do lado”, comenta.
Booktok, audiolivros e novas formas de leitura
Em meio às mudanças do mercado editorial, Thalita acompanha com atenção temas que dominaram debates recentes, como o impacto dos booktokers e o crescimento dos audiolivros entre jovens.
“Me sinto privilegiada por ser lida e ouvida nos audiolivros”, afirma. Para ela, as redes sociais mudaram mais do que os próprios adolescentes.
“O adolescente não mudou. O que mudou foi a rede social; as cobranças ficaram maiores por causa dela, mas a essência continua a mesma”, avalia.
Thalita reforça que não enxerga a internet como inimiga da literatura.
“Nunca vou demonizar: é o tempo em que vivemos. Que a gente saiba usar a nosso favor, falando de livros, divulgando histórias e autores”, declara. Ainda assim, ela garante que segue apostando no objeto físico: “Continuo apostando nos livros”.
Início difícil e persistência
Embora hoje colecione uma carreira sólida, Thalita relembra que o início foi desafiador. Ela recorda os fins de semana em livrarias, quando tentava conquistar leitores oferecendo até pirulitos em troca de dois minutos de atenção.
“Ficava seis horas para vender três livros. Pensei em desistir várias vezes”, relata. Para não abandonar o sonho, estabeleceu um prazo simbólico: seis anos, número que considera seu amuleto da sorte.
“Fiquei batendo em porta de livraria, abordando pessoas, fazendo a coisa acontecer como formiguinha, até a hora em que aconteceu”, conta.
Histórias que acolhem e acompanham
Hoje, após duas décadas e meia de carreira, Thalita segue guiada por um desejo central: acolher seus leitores.
“Quero que minhas histórias façam as pessoas se sentirem bem em suas próprias peles”, afirma. Ela acrescenta que, ao longo dos anos, percebeu que seu público busca conforto, identificação e, principalmente, companhia.
“Quero que entendam que está tudo bem não estar bem, que ninguém está sozinho. E que o equilíbrio sempre vai ser uma boa companhia”, resume.
Aos 25 anos de carreira, Thalita Rebouças não apenas celebrou conquistas importantes, como também reafirmou a força de sua voz — uma voz que atravessa gerações, acolhe adolescentes e segue encontrando novos caminhos no Brasil e no mundo.
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