Novo imortal

Paulo Henriques Britto toma posse na Academia Brasileira de Letras

Cerimônia de posse ocorreu na noite de sexta-feira (12).

Agência Brasil

Atualizada em 13/09/2025 às 17h56
O escritor e professor Paulo Henriques Britto, novo imortal da ABL.
O escritor e professor Paulo Henriques Britto, novo imortal da ABL. (Reprodução / TV Globo)

RIO DE JANEIRO - O escritor e professor Paulo Henriques Britto é o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras. Na noite dessa sexta-feira (12), ele tomou posse na cadeira 30, sucedendo a escritora Heloisa Teixeira, que morreu em março deste ano.

Escritor, tradutor e professor de tradução, literatura e criação literária, Britto publicou 14 livros, oito deles de poesia. Antologias de poemas seus foram publicadas em inglês (2007) e em sueco (2014), e sua poesia reunida foi editada em Portugal (2021); seu ensaio A tradução literária foi publicado em espanhol no Chile (2023).

Traduziu cerca de 120 livros de autores de língua inglesa, como Jonathan Swift, Charles Dickens, Henry James, Virginia Woolf, V. S. Naipaul, Thomas Pynchon e James Baldwin. Na poesia, traduziu Byron, Wallace Stevens, Elizabeth Bishop e Frank O’Hara, entre outros.

Na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) atua em duas linhas de pesquisa, tradução de poesia e poesia brasileira contemporânea, os temas principais dos artigos e capítulos de coletâneas que tem publicado ao longo das últimas décadas.

Fardão

Assim que soube que o poeta e tradutor Paulo Henriques Britto, professor da PUC-Rio há mais de 40 anos, tinha sido eleito para a ABL, a médica Margareth Dalcolmo decidiu oferecer ao novo imortal o fardão de seu marido, o acadêmico Candido Mendes, que morreu em 2022.

“Paulo Henriques era o tradutor de Candido, se gostavam muito. Tenho certeza que o Candido está honrado de ver seu fardão com o amigo”.

A oferta foi recebida como uma honra pelo novo imortal. “Foi uma iniciativa que partiu dela e me senti muito honrado. Conhecia muito os dois, traduzi alguns textos do Candido Mendes para o inglês e minha mulher, Santuza – professora do departamento de Sociologia e Política da PUC-Rio era a melhor amiga da filha dele, Maria Isabel”.

Margareth admitiu ter chorado ao retirar os bordados das comendas do fardão do marido para entregá-lo limpo ao novo imortal. “Ele veio experimentar e ficou quase certo. Apenas a calça estava um pouco larga, foi preciso apertá-la e trocar as fitinhas douradas que estavam gastas”.

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