Homofobia

Homem que agrediu o ator Victor Meyniel é preso; porteiro é autuado por omissão de socorro

O agressor também foi indiciado por ter proferido injúrias homofóbicas contra o ator.

Na Mira

Atualizada em 04/09/2023 às 11h35
O ator Victor Meyniel foi espancado em Copacabana. (Foto: Reprodução/TV Globo)
O ator Victor Meyniel foi espancado em Copacabana. (Foto: Reprodução/TV Globo)

BRASIL - Yuri de Moura Alexandre foi preso nesse sábado (2), pouco tempo depois de ter agredido o ator Victor Meyniel em um prédio, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Ele também foi indiciado por ter proferido injúrias homofóbicas. O porteiro do local, Gilmar José Agostini, foi autuado por omissão de socorro.

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Após ter agredido o ator, Yuri saiu normalmente para a academia e foi preso em flagrante durante o seu retorno ao local.

"Ele já chegou dizendo: ‘Não toca em mim! Eu sou militar, sou médico militar! E bati mesmo. Assumo que bati. Qual é o problema?’”, afirmou a delegada Débora Rodrigues, titular da 12ª DP (Copacabana).

“Ele não é militar”, acrescentou. “Ele mentiu. Ele não é médico ainda, é estudante.” Segundo ela, Yuri vai responder por lesão corporal, falsidade ideológica e injúria por homofobia.

Yuri de Moura Alexandre. (Foto: Reprodução)
Yuri de Moura Alexandre. (Foto: Reprodução)

Um vídeo das câmeras de segurança registra o momento da agressão. Nas imagens, o porteiro do prédio aparece sentado, e até tomando um café, enquanto Yuri desferia golpes contra Meyniel.

“Ele viu tudo e não fez nada. Ele não precisava se meter na briga, claro, pela integridade física dele, mas ele tinha o dever de pedir socorro”, afirmou a delegada Débora Rodrigues, titular da 12ª DP (Copacabana). Veja o vídeo: 

Ainda segundo a delegada, ao chegar no local, o funcionário a tratou com desdém. “Ao chegarmos ao prédio, ele já foi nos atendendo muito mal, falando que não viu nada, que não sabia de nada e que não ia se meter. Ele interfonou para o síndico, dizendo que ‘uma mulher estava lá fora’, mas não era nenhuma mulher, eram duas autoridades devidamente identificadas", disse.

“Ele disse que depois interfonou para o síndico, como se o síndico fosse alguma autoridade capaz de fazer alguma coisa naquele momento. Ele deveria ter saído, sim, e pedido ajuda para qualquer pessoa — a polícia, um transeunte, ou ligado para o 192. Mas ele não poderia ficar tomando café, assistindo à pessoa apanhar daquele jeito”, acrescentou a delegada. 

Entenda o caso

Victor foi ao apartamento de Yuri após terem se conhecido em uma boate, em Copacabana. Segundo o ator, Yuri mudou de comportamento quando uma amiga sua chegou no local.

"Parece que virou uma chave, me botou para fora, me empurrou. E aí nisso que ele me empurrou, como eu estava sem sapato, porque eu tirei para ficar no sofá, eu estava no chão, ele me empurrou, foi e tacou o sapato [em mim]", disse Victor.

Victor conta que foi embora, mas a briga continuou na portaria do prédio.

"Na mesma hora que eu estava descendo, ele desceu. E aí eu comecei a ficar chateado com a situação, não entendi o porquê desse alvoroço todo, e falei: 'A gente estava ficando, pelo amor de Deus, qual o problema de a gente estar se beijando?', disse Victor.

"Eu lembro só do acesso de raiva dele, ele me pegar, me colocar no chão e me dar socos e socos e mais socos. Eu pedi para ele parar e ele não parava. E o porteiro estava vendo tudo", contou o ator. 
 

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