Rock in Rio 2013

Mais que um galã: John Mayer agita Palco Mundo

Cantor norte-americano foi além do charme e "incendiou" a noite.

Gustavo Sampaio/Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 12h03

RIO DE JANEIRO – Beyoncé tem seu rebolado. Justin Timberlake tem seus passos. James Hetfield, vocalista do Metallica, tem sua forma de soar como uma máquina aniquiladora junto à banda. Terceira atração do Palco Mundo desse sábado, John Mayer fez um dos melhores shows desta edição com as poderosas armas que dispõe: ter boa voz; ser um bom guitarrista; e, acima de tudo, ser talentoso.

 Foto: Getty Imagens.
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Em termos de carisma, nem adianta perder tempo em comparações. John não fez o estilo de tentar arrastar longas frases em português ou dizer que fizera o melhor show da vida. Ainda que tenha tentado mostrar um pouco de interação com o público, foi justamente a entrega do multifacetado músico aos instrumentos que deu tônica à apresentação.

Fosse com o violão ou a guitarra, ambos os instrumentos pareciam extensões do corpo do músico, tamanha foi a forma com que ele demonstrou segurança em cima do palco. Começar com “No Such Thing” foi uma boa pedida. Seguir com “Wildfire”, retirado do seu mais recente disco, “Paradise Valley” e, depois, com “Queen Of California”, seguiam de forma firme e limpa no repertório do músico.

 Foto: Getty Imagens.
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Aos poucos, os milhares de jovens que estavam ali começaram a bradar não pelas canções famosas, que lá pela quarta música começaram a ficar escassas, mas pelo talento de John, mostrando que sabia ter presença de palco, dar tom à sua voz e impor diversos riffs em meio a canções mais calmas.

O saudosismo só voltou com a sétima canção, quando o músico soltou uma versão arrastada de “Daughters”. Emocionados, muitos fãs começaram (alguns voltaram) a gritar em várias partes da Cidade do Rock. Os gritos seguiram ininterruptos de “Your Body Is A Wonderland” (em uma versão menos roqueira) passando por “Waiting On The World To Change” e “Stop This Train”, até a boa “Why Georgia”.

 Foto: Getty Imagens.
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Mas foi “Gravity” que comprovou a idolatria de vários jovens ao, ainda, jovem John Mayer. O músico se curvou ao instrumento inseparável e cumpriu, com excelência, um dos vários papéis que teve, sendo um deles o de anteceder ao músico Bruce Springsteen. Mesmo não tendo feito um “baile de hits” (pois, desta forma, deixou ótimas canções de lado, como “Shadow Days”, “Who Says”, “Bigger Than My Body”, “Say” e a sua versão para um clássico de Tom Petty, “Free Fallin’”), John Mayer esbanjou o que precisa ser esbanjado em cima do palco: talento. No que depender dele, ele têm de sobra.

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