Servidores da Educação de Caxias voltam às ruas e fazem protesto

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 14h21

CAXIAS - Os professores da rede municipal de ensino voltaram às ruas de Caxias ontem para protestar contra os baixos salários e ainda para conclamar a população a apoiá-los, durante mais uma rodada de negociações na sede da Prefeitura.

Durante as três negociações que aconteceram anteriormente foram acertados apenas alguns pontos das exigências feitas pelo Sindicato dos Professores e Servidores Municipais de Caxias (Simprosemc).

Segundo a direção da entidade, a Prefeitura já reconheceu que trabalha há décadas na ilegalidade, desrespeitando direitos sociais e trabalhistas dos servidores.

Como exemplo de absurdos, os professores apontam: o pagamento do salário família, apenas R$ 1,00, o menor da região Leste; o não pagamento de insalubridade; adicional noturno para vigias; horas-extras; extrapolação de jornada de trabalho para vigias, merendeiras e zeladores e também o pagamento de apenas 20 horas semanais para professores, quando na realidade eles cumprem 25 horas.

Silvana Moura, presidente do Simprosemc, declarou que todas as vezes que o assunto trata-se de reajuste salarial da categoria - o sindicato deseja 60% de aumento para o magistério e 20% para os demais servidores - as negociações não andam.

“Todas as vezes que tratamos de reajuste salarial a administração se amesquinha. Nunca fala o porquê, só argumenta que esse aumento não é possível. Segundo os dados que nos apresentaram, o município está gastando 80% dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de valorização do magistério (Fundef), quase R$ 1 milhão somente com o pagamento dos salários dos professores efetivos e contratados. Eles nunca nos apresentaram a relação da folha de pagamento com o nome de todos os servidores pagos com esses recursos, dessa forma poderíamos fazer um cálculo mais centrado na realidade e teríamos como provar com certeza que essa folha estaria inchada”, argumentou a sindicalista.

Direitos

Silvana Moura disse ainda que a categoria não exige nada que não seja direitos. “Se estamos partindo para uma atitude como esta é porque fomos procurados por diversos professores que estão insatisfeitos com o que ganham e por isso vamos reivindicar uma solução para o impasse”, completou.

O protesto organizado pela classe teve concentração em frente ao prédio da Prefeitura, situada na Praça do Panteon. Durante a reunião, que aconteceu no fim da tarde e ainda não havia sido encerrada até o fechamento desta edição, participaram uma comissão do sindicato e representantes da administração municipal, das quais fazem parte a secretária municipal de Educação, Silvia Carvalho; o procurador do município, Firmino Freitas; o secretário de Fazenda, Berilo Araújo, e o secretário de Planejamento, João Carlos Nascimento. A exemplo das negociações anteriores, o prefeito Humberto Coutinho não participou da reunião.

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