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Saúde anuncia inclusão de crianças na vacinação contra covid-19

Ministro Marcelo Queiroga deu detalhes do plano em coletiva.

IMIRANTE.COM

Atualizada em 26/03/2022 às 18h41
Apesar de não exigir a receita, ministro disse orientar que os pais procurem a recomendação
Apesar de não exigir a receita, ministro disse orientar que os pais procurem a recomendação (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

BRASÍLIA - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou nesta quarta-feira (5) a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19. O ministro detalhou informações sobre os imunizantes que serão aplicados, os intervalos entre doses e como será a incorporação dessa faixa etária no Plano Nacional de Imunização (PNI).

De acordo com o governo, a vacinação infantil ocorrerá em ordem decrescente de idade (das crianças mais velhas para as mais novas), com prioridade para quem tem comorbidade ou deficiência permanente; sem necessidade de autorização por escrito, desde que pai, mãe ou responsável acompanhe a criança no momento da vacinação; e com intervalo de oito semanas – um prazo maior que o previsto na bula, de três semanas.

Apesar de não exigir a receita médica, o Ministério da Saúde disse orientar que os pais "procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização".

As primeiras doses de vacinas contra a doença destinadas a crianças de 5 a 11 anos deverão chegar ao Brasil no dia 13 de janeiro. Está prevista uma remessa de 1,2 milhão de doses do imunizante da Pfizer - o único aprovado até o momento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Brasil receberá, no primeiro trimestre de 2022, 20 milhões de doses pediátricas destinadas a este público-alvo, que é de cerca de 20,5 milhões de crianças. O Ministério da Saúde receberá, ainda em janeiro, um lote de 3,74 milhões de doses de vacina.

Ainda não há, contudo, prazo confirmado para o início da vacinação.

SRAG - Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por Covid-19 na faixa etária de 5 a 11 anos representam 0,34% do total registrado no Brasil de março de 2020 a dezembro de 2021. As informações foram apresentadas pelo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, durante audiência pública sobre a vacinação de crianças contra a Covid-19 no país, promovida pelo Ministério da Saúde.

Durante a apresentação, Medeiros mostrou que foram 6.324 casos de SRAG na faixa etária de 5 a 11 anos. Ao todo, 1,8 milhão de casos de síndrome respiratória aguda grave foram registrados no país no período. Em relação aos óbitos, o percentual é de 0,05% do total registrado, o que representa 311 óbitos em crianças. Ele destacou que a faixa etária acima de 90 anos é a que mais apresenta casos e mortes de SRAG por Covid-19 no período.

“É um prazer nós que fazermos ciência no Brasil estarmos sentados discutindo um assunto de extrema relevância. Estamos, sim, fazendo história no país, história da vigilância sanitária, da saúde pública no Brasil, e isso fortalece cada vez mais o SUS”, disse Medeiros, ao afirmar que a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) já produziu mais de 57 boletins epidemiológicos específicos para a Covid-19.

Disponível por 11 dias, a consulta pública colocou em discussão a inclusão de crianças no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO). O objetivo foi informar a população sobre o tema e conhecer as dúvidas acerca da vacinação de crianças de 5 a 11 anos. Ao todo, cerca de 100 mil pessoas participaram da consulta pública e a maioria é contra a obrigatoriedade na imunização. Além disso, os resultados mostraram que a população concordou com a recomendação do Ministério da Saúde em priorizar as crianças com comorbidades.

Com informações da Agência Brasil

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