Investigação

Caso Marielle: STJ nega liberdade a acusado de ocultar armas

Ao negar pedido, ministro considerou acertada a decisão do TJ-RJ.

Felipe Pontes / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h08
Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados no dia 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro.
Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados no dia 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro. (Reprodução)

RIO DE JANEIRO - O ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou hoje (27) um pedido de liberdade feito pelo professor de artes marciais Josinaldo Lucas Freitas, conhecido como Djaca. Ele é acusado de ocultar armas do policial Ronnie Lessa, um dos principais suspeitos da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A defesa de Djaca, que está preso preventivamente desde outubro de 2019, havia pedido uma liminar (decisão provisória) sob a alegação de que ele é diabético e hipertenso, integrando grupo de risco para o contágio do novo coronavírus, motivo pelo qual deveria ser solto ou posto em prisão domiciliar.

Ao negar o pedido, Ribeiro Dantas considerou acertada a decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que também negou liberdade ao professor de artes marciais, diante da complexidade dos fatos investigados e por considerar não haver demora injustificada por parte da Justiça na condução do caso.

Segundo informações do STJ, o ministro Ribeiro Dantas também acatou o argumento do TJ-RJ de que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) não é razão para conceder o habeas corpus. Para o tribunal fluminense, a Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro tem tomado medidas temporárias para prevenir o contágio no sistema penitenciário, de acordo com as recomendações das autoridades sanitárias.

O professor de artes marciais foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por ocultar armas de uso restrito que foram retiradas de um apartamento de Lessa e jogadas no mar. A liberdade dele já havia sido negada pelo STJ antes da pandemia, em janeiro.

O crime teria sido cometido um dia após a Operação Lume, que culminou na prisão de Lessa e do ex-policial Elcio de Queiroz, principais suspeitos de serem os executores do assassinato.

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