Investigação

Ronaldinho Gaúcho e irmão são detidos por autoridades paraguaias

Ex-jogador está impedido de deixar o Paraguai após apresentar passaporte irregular.

Imirante.com, com informações de G1 e Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h09
Ronaldinho Gaúcho e o irmão, Assis, conversam com autoridades em Assunção.
Ronaldinho Gaúcho e o irmão, Assis, conversam com autoridades em Assunção. (Divulgação / Ministério Público do Paraguai)

ASSUNÇÃO (PARAGUAI) - O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e o irmão dele, Roberto de Assis, foram detidos por autoridades paraguaias na noite desta sexta-feira (6) e impedidos de deixar o Paraguai. Eles foram levados a uma delegacia especializada em crime organizado do país. Os passaportes paraguaios que Ronaldinho e Assis portavam ao ingressar no país na manhã de ontem (4) são autênticos, mas foram preenchidos com informações falsas.

A afirmação é do promotor do Ministério Público do Paraguai, Federico Delfino. Ele informou que a origem dos documentos será investigada.

Ao conversar com jornalistas, Delfino confirmou hoje que Ronaldinho, Assis e um terceiro brasileiro, o empresário que representa o ex-atleta no Paraguai, Wilmondes Sousa Lira, responderão por uso de documentos públicos com conteúdo falso. Crime passível de prisão.

Autoridades paraguaias contactaram órgãos oficiais do Brasil para verificar a situação documental de Ronaldinho. O motivo é que, em novembro de 2018, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) determinou que os passaportes do ex-jogador e de seu irmão fossem apreendidos até que uma multa, estipulada em 2015, por condenação por crime ambiental, fosse paga.

Em setembro, a dupla fez um acordo com o Ministério Público estadual (MP-RS), se comprometendo a pagar uma indenização superior a R$ 8,5 milhões para reaver os documentos. De acordo com o MP, as autoridades brasileiras consultadas informaram que a situação já foi regularizada – informação confirmada à Agência Brasil pela assessoria do MP-RS.

Passaportes falsos

Durante as buscas realizadas na suíte presidencial do Resort Yacht e Golf Club, na cidade de Lambaré, próximo à capital, Assunção, foram apreendidos, além dos passaportes falsos, cédulas de identidade falsificadas com dados pessoais de Ronaldinho e de Assis, além de aparelhos celulares.

Esta manhã, Ronaldinho e Assis compareceram à Unidade Especializada contra o Crime Organizado, do Ministério Público paraguaio. Acompanhados por advogados locais, o ex-jogador e seu irmão prestaram novos depoimentos, reforçando informações já fornecidas ontem.

De acordo com o Ministério Público paraguaio, os três afirmam terem viajado ao Paraguai à convite do dono do cassino Il Palazzo, o brasileiro Nelson Belotti. Já no país, foram procurados por representantes de uma fundação de assistência, a Fraternidade Angelical, que convidou Ronaldinho a participar de eventos beneficentes.

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