Indenizações

Seis meses após incêndio, bloqueio de bens do Flamengo aguarda decisão judicial

O incêndio no alojamento no Ninho do Urubu, como é conhecido o centro de treinamento do Flamengo, deixou 10 adolescentes mortos e três feridos.

Imirante.com, com informações da Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h11
Dez atletas morreram em fevereiro no centro de treinamento do clube.
Dez atletas morreram em fevereiro no centro de treinamento do clube. (Foto: Divulgação)

RIO DE JANEIRO - Seis meses depois do incêndio no alojamento das categorias de base do Flamengo, em 8 de fevereiro, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Estado ainda aguardam uma decisão judicial sobre o pedido de bloqueio de bens do clube para indenizações a vítimas e familiares.

O Flamengo argumenta que o pedido é desnecessário e lembra que o clube destacou que honrará seus compromissos e diz já ter pago indenizações a todos os sobreviventes da tragédia. Além disso, foram fechados acordos com famílias de dois atletas mortos e com o pai de um terceiro, cuja mãe busca reparação na Justiça separadamente.

"Não tem motivo para penhorar nenhum valor do Flamengo", disse o vice-presidente jurídico do clube, Rodrigo Dunshee, à Rádio Nacional. Dunshee atribui a demora na decisão judicial a um erro da própria Defensoria Pública. "Ela distribuiu a ação com o endereço errado, e o juiz da Vara do Torcedor reconheceu que não era competente."

O incêndio no alojamento no Ninho do Urubu, como é conhecido o centro de treinamento do Flamengo, deixou 10 adolescentes mortos e três feridos. Entre os indenizados, há outros atletas que estavam no local e conseguiram escapar sem ferimentos.

Além da mãe de um dos dos jogadores que recusou acordo com o clube, as famílias de sete atletas buscam reparação por meio de ações judiciais, incluindo uma que é representada pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.

Logo após a tragédia, defensoria, o Ministério Público estadual e o Ministério Público do Trabalho chegaram a compor uma força-tarefa para negociar de forma coletiva a reparação das vítimas. Sem acordo, o clube buscou negociar diretamente com cada família, e a maior parte delas recorreu a ações judiciais.

Para a coordenadora cível da Defensoria Pública, Cintia Guedes, a situação põe as famílias em desvantagem. "Há uma desigualdade muito grande de negociação entre uma família humilde que perdeu um filho e um clube do tamanho do Flamengo."

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