SÃO PAULO - Nos últimos dois anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) notificou casos de sarampo em mais de 150 países. Em 2018, foram reportados casos da doença na região Norte do Brasil, identificando que o vírus era proveniente da Venezuela. Já neste ano, os casos que acometeram São Paulo são provenientes de vírus da Ásia e Europa.
Segundo a infectologista Michelle Zicker, o ressurgimento do sarampo aconteceu porque o vírus desses locais foi trazido por viajantes e está circulando e infectando pessoas que não estão imunizadas. “O sarampo é uma doença de transmissão muito fácil, já que um indivíduo doente consegue transmitir para até 18 pessoas”, completa.
Confira abaixo os três principais pontos de dúvida sobre a doença e vacina como as formas de contaminação, riscos e como se prevenir:
Contaminação
O vírus do sarampo se espalha pelo ar a partir de secreções que a pessoa infectada elimina ao respirar, falar, tossir, espirrar. “Elas ficam dispersas no ar, principalmente em locais fechados como escolas, creches e meios de transporte”, explica a infectologista.
Riscos
A médica conta que os riscos do sarampo estão relacionados às possíveis complicações como infecção de ouvido (otite), diarreia, trabalho de parto prematuro e bebês com baixo peso ao nascer e mais graves como pneumonia e lesão do cérebro (encefalite) que podem levar a morte.
Prevenção
A vacina é a melhor maneira de evitar o sarampo e deve ser aplicada em duas doses a partir de um ano de vida da criança. Adultos que não foram vacinados e não tiveram a doença na infância também devem tomar a vacina. “A vacina só não deve ser aplicada em mulheres grávidas, pessoas com deficiência da imunidade e bebês com menos de 6 meses de vida”, finaliza Zicker.
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