BRASÍLIA - A partir desta segunda-feira (3), toda a população terá oportunidade de se vacinar contra a gripe enquanto durarem os estoques da vacina. Ou seja, quem não faz parte do público prioritário da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza também pode procurar a unidade de saúde mais próxima para se vacinar. Essa é a recomendação do Ministério da Saúde já enviada aos estados e municípios. A medida evitará desperdício de doses nas localidades que não alcançarem a meta de imunização no público-alvo, que continua sendo prioritário. Até hoje (31), dia em que se encerra a campanha, quase 80% do público-alvo foi vacinado, o que representa 47,5 milhões de pessoas. Os grupos prioritários tiveram entre os dias 10 de abril e 31 de maio para se vacinar com exclusividade.
Durante o período da campanha, foram priorizados 59,4 milhões de gestantes, puérperas, crianças entre 6 meses a menores de 6 anos, idosos, indígenas, professores, trabalhadores de saúde, pessoas com comorbidades, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade, além de profissionais de segurança e salvamento. Mas, até o início desta sexta-feira (31), 11,9 milhões de pessoas desses grupos ainda não haviam recebido a dose de proteção contra a influenza. A meta é vacinar 90% do público-alvo.
A escolha do público prioritário no Brasil segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) por serem grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. A vacina é a forma mais eficaz de evitar a doença.
Até o momento, seis estados já bateram a meta de 90%: Amazonas (98,5%), Amapá (98,5%), Pernambuco (93,6%), Espírito Santo (91,3%), Rondônia (90,4%) e Maranhão (90%). Outros estados estão bem próximos à meta e já ultrapassaram o percentual de 85%: Alagoas (89,9%), Rio Grande do Norte (88,7%), Minas Gerais (86,6%) e Paraíba (86,1%). Já os estados com menor cobertura são: Rio de Janeiro (63,7%), Acre (73%) e São Paulo (73,1%). Em todo o país, a campanha conta com uma estrutura formada por cerca de 41,8 mil postos de vacinação e a participação de aproximadamente 196,5 mil pessoas.
Entre a população prioritária, os funcionários do sistema prisional registraram a maior cobertura vacinal, com 103,3% de cobertura, seguido pelas puérperas (94,9%), indígenas (90,6%), professores (90,8%) e idosos (88,8%). Os grupos que menos se vacinaram foram os profissionais das forças de segurança e salvamento (36,8%), população privada de liberdade (59,5%), pessoas com comorbidades (73,5%), crianças (74,2%), gestantes (74,5%) e trabalhadores de saúde (78,4%).
A vacina produzida para 2019 teve mudança em duas das três cepas que compõem a vacina e protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS: A/Michigan/45/2015 (H1N1) pdm09; A/Switzerland/8060/2017 (H3N2); B/Colorado/06/2017 (linhagem B/Victoria/2/87). A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença.
Casos de gripe no Brasil
Neste ano, até 11 de maio, foram registrados 807 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza em todo o país, com 144 mortes. Até o momento, o subtipo predominante no país é o vírus influenza A (H1N1) pdm09, com registro de 407 casos e 86 óbitos.
Tratamento da gripe
Todos os estados estão abastecidos com o fosfato de oseltamivir e devem disponibilizá-lo de forma estratégica em suas unidades de saúde. Para o atendimento do ano de 2019, o Ministério da Saúde já enviou aproximadamente 9,5 milhões de unidades do medicamento aos estados. O tratamento deve ser realizado, preferencialmente, nas primeiras 48h após o início dos sintomas.
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