BRASÍLIA - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, reúne-se hoje (26) à tarde com integrantes da Missão de Observação Eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA). O encontro ocorre a dois dias do segundo turno e logo depois de a chefe da missão, Laura Chinchilla, chamar de fenômeno “sem precedentes” a disseminação de notícias falsas na internet e aplicativos.
A difusão de fake news se tornou assunto recorrente no país desde o primeiro turno das eleições. A procuradora e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se manifestaram sobre o tema. A Polícia Federal também está atenta às denúncias e faz investigações.
Ontem (25), em São Paulo, a ex-presidente da Costa Rica Laura Chinchilla disse que o fato preocupa o grupo de especialistas, que deu o alerta já no primeiro turno das eleições.
“Outro fator que tem nos preocupado, e isso alertamos desde o primeiro turno, e que se intensificou neste segundo, foi o uso de notícias falsas para mobilizar a vontade dos cidadãos. O fenômeno que estamos vendo no Brasil talvez não tenha precedentes, fundamentalmente porque é diferente de outras campanhas eleitorais em outros países do mundo.”
O grupo de observadores reúne 48 especialistas de 38 nacionalidades. Eles vão se dividir entre o Distrito Federal e 11 estados para o acompanhamento do segundo turno das eleições. Ao final, será elaborado um relatório que vai ser encaminhado à Organização dos Estados Americanos.
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