Cidadania

Denúncias de trabalho infantil são registradas pelo Disque 100

Durante o Carnaval, demanda por vendedores aumenta; empregar crianças e adolescentes nessas atividades é ilegal.

Imirante.com, com informações do Portal Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h20
(Foto: Reprodução)

RIO DE JANEIRO - Diante da vulnerabilidade das crianças e adolescentes durante o Carnaval, quando multidões tomam as ruas para se divertir e aumenta a demanda por mão-de-obra, a fiscalização deve ser reforçada em todo o Brasil para combater o trabalho infantil.

O que é trabalho infantil?

Até os 13 anos de idade, é proibido empregar os jovens. Ao atingirem os 14 anos, podem ser contratados como aprendizes. Entre 16 e 18 anos podem exercer atividades remuneradas durante o dia. Fora dessas condições, o trabalho é ilegal, sobretudo quando envolvem atividades forçadas.

E no Carnaval?

Nas festas de Carnaval, as crianças e jovens costumam ser usadas no comércio de bebidas alcóolicas ou flanelinhas, o que é proibido. Em 2015, dados da Organização Não-Governamental Observatório da Infância apontam que 2,6 milhões de jovens entre 5 e 17 anos estavam ocupadas, o que corresponde a 5% da população nessa faixa etária.

Riscos

O trabalho infantil prejudica a garantia de direitos a essa população, já que assim o aprendizado desses jovens é comprometido. Uma pesquisa da Tendências Consultoria aferiu que a 40% dos jovens deixam a escola quando exercem jornadas de mais de 36 horas semanais. Elas também ficam expostas à violência, abusos, acidentes e esforço físico extenuante.

Combate

Entre as ações para coibir essa prática durante o Carnaval, a Superintendência do Trabalho do Rio de Janeiro conscientizou vendedores ambulantes quanto aos direitos das crianças e as violações. A fiscalização ainda fará o mesmo trabalho junto à Liga dos Blocos de Rua, que concentram o maior número de casos de irregularidades.

Denúncias

Quem testemunhar crianças em semáforos, comércios, fábricas devem denunciar a prática pelo telefone do Disque 100, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Só em 2016, mais de 13 mil denúncias foram registradas pela Ouvidoria durante o Carnaval em todo o País.

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