Violência sexual

Polícia Civil do Rio encerra inquérito de estupro coletivo

Sete pessoas foram indiciadas, entre elas Raí de Souza e Raphael Duarte Belo.

Vinícius Lisboa / Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h31
O jogador de futebol Lucas Perdomo Duarte Santos não foi indiciado por falta de provas.
O jogador de futebol Lucas Perdomo Duarte Santos não foi indiciado por falta de provas. (Foto: Reprodução)

RIO DE JANEIRO - A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou nesta sexta-feira (17) que sete pessoas foram indiciadas no caso da adolescente que sofreu estupro coletivo no mês passado. A titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, Cristiana Bento, pediu à Justiça a prisão preventiva dos indiciados e encaminhou o caso ao Ministério Público. Apesar disso, as investigações continuarão a buscar possíveis partícipes do crime, que causou comoção nas redes sociais após a divulgação de imagens em que a adolescente era violentada.

O inquérito foi concluído com o indiciamento de Raí de Souza e Raphael Duarte Belo pelos crimes de estupro de vulnerável e produção e divulgação de material pornográfico com menor de idade; um menor de idade, por ato análogo aos mesmos crimes; Moisés Camilo de Lucena e Sérgio Luiz da Silva, por estupro de vulnerável; e Michel Brasil e Marcelo Miranda, pela divulgação das imagens.

O jogador de futebol Lucas Perdomo Duarte Santos, que também foi investigado e chegou a ser preso, não foi indiciado porque as investigações não apontaram sua participação no crime.

A delegada Cristiana Bento afirmou que a perícia no celular de Raí de Souza foi fundamental para que as investigações determinassem a atuação de cada um dos indiciados. No aparelho, foram encontradas mais imagens e conversas em que os investigados combinavam os depoimentos.

Cristiana Bento disse esperar que os indiciados recebam "penas exemplares". "Que sirva de exemplo para a comunidade que a mulher não é uma coisa, e que deve ser respeitada. E que praticar sexo com adolescente ou qualquer mulher desacordada, que não possa oferecer resistência, é crime", afirmou ela, que acrescentou: "Acredito que [esse caso] fez a sociedade pensar no conceito de estupro e na cultura do estupro. A cultura do estupro pretende colocar a culpa na vítima ou despenalizar o agressor, absolvendo como doente ou psicopata. É um alerta que se faz".

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