Justiça

PM conclui transferência de policiais presos para unidade em Niterói

Detentos impediram que juíza fizesse revista em unidade.

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h39

RIO DE JANEIRO - A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM) concluiu ontem (3) a transferência dos 221 presos que ocupavam o Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica, subúrbio da cidade. Na última quinta-feira (1º), a juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza foi agredida durante uma vistoria na unidade. Os detentos impediram que ela fizesse a revista em uma das galerias e chegaram a atacar a magistrada, que teve a blusa rasgada. Alguns militares foram presos e a magistrada teve de sair escoltada.

Os últimos 108 militares custodiados à disposição da Justiça que estavam na unidade foram transferidos neste sábado para a Unidade Prisional da Polícia Militar, antiga Penitenciária Vieira Ferreira Neto, em Niterói, região metropolitana do Rio. Na sexta-feira, 109 policiais já tinham sido transferidos para a unidade prisional da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

Só não seguiram para Niterói os quatro presos envolvidos diretamente na confusão com a juíza e os seguranças da magistrada. Eles foram levados para a penitenciária de segurança máxima Laercio da Costa Pellegrino, conhecida como Bangu 1, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na sexta-feira. Os quatro acusados de terem desencadeado o incidente com a juíza são: o sargento Aloísio Souza da Cunha, o sargento José Luiz da Cruz, o soldado Allan Lima Monteiro e o cabo Aldo Leonardo Ferrari. Este último chegou a ser levado primeiramente para o Hospital Central da Polícia Militar, por estar muito alterado, mas recebeu alta e também foi levado para o presídio em Bangu.

A transferência foi determinada pelo titular da Vara de Execuções Penais (VEP), juiz Eduardo Oberg, que decidiu também pela interdição do BEP. O magistrado determinou ainda que a visita de parentes aos militares fique suspensa temporariamente. A Unidade Prisional da Polícia Militar será comandada pelo tentente-coronel da PM, Murilo Sérgio de Miranda Angelotti, que já administrava o BEP e ficará responsável pelo controle interno dos presos. De acordo com a Seap, os agentes penitenciários serão responsáveis por fazer o serviço de portaria e de segurança externa do prédio.

Em agosto, a juíza Daniela Barbosa determinou uma ficalização no Batalhão Especial Prisional que resultou na retirada de camas de casal, geladeiras, entre outros itens encontrados nas celas.

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