Direitos Humanos

CPI do Tráfico de Pessoas deve votar relatório final na terça

Agência Câmara

Atualizada em 27/03/2022 às 11h54

BRASÍLIA - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Trafico de Pessoas se reúne, nesta terça-feira (20), às 13 horas, para discutir e votar o parecer final da deputada Flávia Morais (PDT-GO). O texto, com sugestões de alteração em várias leis que abordam o tema, foi apresentadono último dia 13.

Segundo a relatora, atualmente, no Brasil, os únicos crimes com tipificação adequada ao Protocolo de Palermo, que trata do assunto e do qual o País é signatário, são o tráfico internacional de pessoas para fins de prostituição e o tráfico de crianças e adolescentes, independentemente da finalidade.

No parecer, Flávia Morais tipifica o crime de tráfico interno e externo de pessoas, de órgãos, que deverá ser considerado crime hediondo, além do trabalho análogo ao escravo. Também recebe classificação penal o crime de promover modificações clandestinas no corpo de alguém.

Adoção

O texto, também, modifica a Lei de Adoções (12.010/09). O projeto da CPI prevê o respeito estrito à ordem estabelecida no Cadastro Nacional de Adotantes. Segundo a relatora, hoje a família biológica pode indicar como adotante pessoas com as quais tem vínculo, sem que esse candidato esteja no cadastro.

Os trabalhos da comissão, informou Flávia, mostraram que as crianças entre 0 e 3 anos são as vítimas preferenciais de traficantes de pessoas.

Trabalho no exterior

Ainda de acordo com o texto final da CPI, adolescentes com idades entre 16 e 18 anos somente poderão trabalhar fora do País com autorização dos pais ou responsáveis e de um juiz, ouvido o Ministério Público. Antes de completar 14 anos, os brasileiros ficam impedidos de viajar até mesmo para fora do município onde residem desacompanhados de um responsável.

Apenas empresa ou entidade devidamente constituída poderá contratar menores de 18 para atuar no exterior. No caso de modelos, será exigido registro nos órgãos competentes. “Caso essas meninas não tenham sucesso na carreira, as agências terão de pagar sua viagem de volta”, acrescentou a relatora.

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