Prisão

Hacker é preso e oferece R$ 300 mil a policiais

Segundo a polícia, John Cleiton tem vários imóveis e veículos no Estado.

Imirante.com, com informações da Secom

Atualizada em 27/03/2022 às 11h52
(Divulgação)

BACABAL - O Serviço de Inteligência do 15º BPM realizou, na última segunda-feira (21), a prisão de John Cleiton Maia Sousa, 22 anos, Maria Edite Machado Aguiar, 40 anos, e Cleide Soares dos Santos, 40 anos, suspeitos de falsificação de documento público e corrupção.

Segundo o comandante do 15º BPM, tenente-coronel Egídio Soares, John é apontado pela polícia como o principal hacker do Maranhão. Ele teria inúmeros móveis e imóveis em nome de laranjas, como apartamentos, pousadas, fazendas e veículos. Ainda de acordo com a PM, John e sua mãe são responsáveis por uma empresa de recargas para aparelhos celulares, em Bacabal. Além desta função, o estabelecimento oferece empréstimos a aposentados e pensionistas.

Conforme explicou o delegado Day Robson, eles foram presos quando retornavam do município de Timon, onde haviam realizado saques em agências bancárias. Nas transações, o trio utilizou carteiras de identidade falsas e cartões clonados.

Após as prisões, John foi levado até a sua residência, onde tentou desfazer-se de um notebook, tentando jogar o equipamento no terreno do vizinho. Durante a abordagem policial, o indivíduo ofereceu aos militares a quantia de R$ 300 mil para que o aparelho não fosse apreendido e periciado pela polícia. “John disse que precisaria apenas de 15 minutos para entrar no sistema e transferir o valor para as contas pessoais dos policiais militares”, informou o delegado Day Robson.

Modus operandi

Ainda em sua residência, o suspeito mostrou aos policiais como realizava as transações. Em pouco tempo, invadiu os sistemas Dataprev da Previdência Social, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e de todos os bancos privados. Criou contas instantâneas, visualizou todas as movimentações financeiras de milhões de clientes. Além dessas transações, fez transferências de dinheiro. “John afirmou que os sistemas são falhos e permitem qualquer transação,” disse Day Robson.

Os policiais militares apreenderam a quantia de R$ 4.198; um aparelho celular; cinco carteiras de identidade falsas; comprovantes de compras e extratos bancários; dois HDs; um pen-drive; três carteiras de trabalho; documentos de veículos; vários cartões bancários; cheques; um notebook, em que armazenava todos os programas utilizados na prática criminosa e folhas especiais, que eram utilizadas para a confecção de documentos falsificados.

John Cleiton, Maria Edite, e Cleide Soares foram encaminhados para a Delegacia Regional de Bacabal, onde foram autuados por falsificação de documento público. John ainda foi indiciado pelo crime de corrupção. Após os procedimentos policiais, o trio foi recambiado para a Unidade Prisional de Ressocialização da cidade.

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