Greve dos Rodoviários

Após quatro dias, Sindicato suspende a greve dos rodoviários na Grande Ilha de São Luís

Rodoviários e empresas voltarão a se reunir na tarde desta segunda-feira (21).

Imirante.com

Atualizada em 26/03/2022 às 18h18
Ônibus voltaram a circular na Grande Ilha de São Luís na tarde deste sábado (19).
Ônibus voltaram a circular na Grande Ilha de São Luís na tarde deste sábado (19). (Paulo Soares / Grupo Mirante)

SÃO LUÍS - O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (Sttrema) confirmou, em Assembleia Geral realizada no fim da tarde deste sábado (19), a suspensão da greve no transporte público da Grande Ilha de São Luís. Em ofício encaminhado ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) e assinado pela advogada Valuzia Maria Cunha Santos, o Sindicato dos Rodoviários disse que continuará buscando a solução dos conflitos sobre reajuste salarial e solicitou uma reunião na tarde desta segunda-feira (21), às 15h, na sede do SET.

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Pouco antes do ofício encaminhado ao SET, o Sttrema informou, em nota, que já está tomando providências cabíveis para derrubar a liminar do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA), assinada pela desembargadora Solange Cristina Passos de Castro, determinando o funcionamento de 80% da frota de ônibus nos quatro municípios da Região Metropolitana. Também por meio da desembargadora Solange de Castro, o TRT-MA determinou, na noite de sexta-feira (18), a prisão de 15 membros do Sttrema.

A nota do Sindicato dos Rodoviários repudia ainda a ação de guardas municipais, que conduziram três membros da diretoria do Sttrema para a Superintendência da Polícia Federal na tarde deste sábado (19). "Esses agentes públicos não possuem poder de polícia. A atividade deles se resume a segurança patrimonial municipal, o que não era o caso", criticou o sindicato.

Por fim, o Sttrema ressaltou que permanece firme e seguirá lutando para garantir direitos e melhores condições de trabalho a toda categoria, além de agradecer ao apoio e solidariedade prestados por partidos políticos, movimentos sociais e sindicais, entidades de classe, parlamentares e a população do Maranhão.

Ônibus voltam a circular em São Luís

Após quatro dias de greve, os veículos do transporte público da Grande Ilha de São Luís voltaram a circular no início da tarde deste sábado (19). A informação foi confirmada pelo prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PODEMOS), em seus perfis nas redes sociais.

A medida atende a uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA), determinando que a Prefeitura de São Luís e o SET garantissem o funcionamento regular do transporte público na Grande Ilha de São Luís em até 48 horas.

Equipes da Guarda Municipal de São Luís e agentes de trânsito acompanham a saída dos ônibus das garagens em São Luís, com o objetivo de garantir o cumprimento da determinação judicial.

SET convoca novos motoristas

Também neste sábado, o SET anunciou uma convocação de motoristas para contratação de caráter emergencial. Os motoristas devem ser habilitados na categoria D e com no mínimo seis meses de experiência comprovada.

Os interessados devem apresentar a Carteira de Habilitação, Carteira de Trabalho e Identidade, das 8h às 12h e das 14h às 18h, na sede do SET, localizado na Rua Barão de Bagé, nº 11, no bairro Apicum.

Greve

Os rodoviários de São Luís deflagraram uma greve geral do transporte público da Grande Ilha de São Luís nas primeiras horas de quarta-feira (16). O Sttrema alega que não chegou a um acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (SET): além do reajuste de 15% nos salários, os rodoviários reivindicam um ticket-alimentação de R$ 800, inclusão de um dependente no plano de saúde, regularização dos salários atrasados e emprego assegurado para os cobradores de ônibus.

Na semana passada, em audiência no Ministério Público do Trabalho do Maranhão (MPT- MA), os empresários fizeram uma proposta para os trabalhadores de conceder reajuste salarial de 5%, mediante a demissão de todos os cobradores do sistema. A proposta foi considerada desrespeitosa pela categoria, que alega que o percentual oferecido não chega nem próximo das perdas inflacionárias sofridas no decorrer do último ano e que está fora de cogitação qualquer possibilidade de demissão de trabalhadores do sistema.

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