Investigação

Delegado Thiago Bardal aguarda notificação para prestar esclarecimento

Ele é suspeito de integrar uma organização criminosa desarticulada nessa quinta.

Ismael Araújo/O Estado e Neto Cordeiro/Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h19
Delegado Thiago Bardal
Delegado Thiago Bardal (Foto: Arquivo/O Estado)

SÃO LUÍS – O delegado Thiago Bardal, apontado como um dos líderes de uma organização criminosa desarticulada nessa quinta-feira (22), conversou na manhã de hoje (23) com a reportagem do Imirante.com e O Estado sobre a acusação.

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Apesar da informação de que foi exonerado do cargo de superintendente Especial de Investigações Criminais, ele informou que está na Seic executando seu trabalho nesta manhã. Acompanhe a entrevista:

Como o senhor explica essa situação?

Em nenhum momento fui chamado para ser ouvido.

O senhor foi exonerado?

Eu soube pela televisão. Estou aqui na Seic trabalhando.

Que medidas está tomando?

Estou aguardando ser notificado. Se ele [o secretário Jefferson Portela] alega que eu faço parte da organização porque eu não fui preso ontem com os outros?

O que realmente aconteceu?

A 5km do local, duas horas antes eu fui abordado. Blitz da polícia. Fui abordado e liberado. O policial comentou que tinha me abordado e achado estranho eu tá naquela hora e naquele local. Ora, se eu faço parte da milícia e fui abordado, eu ia ligar para todo mundo fugir.

O senhor acha que está sendo vítima de uma armação?

Coisa estranha tem por trás disso. Por que não me chamaram para ser ouvido?

O senhor conhece algum dos acusados?

Nenhum. E ninguém me conhece.

O senhor vinha de onde?

Era a trabalho.

Entenda o caso

A operação da Polícia Militar de combate à corrupção, na localidade Arraial, no bairro Quebra Pote, teve início por volta de 21h dessa quarta feira (21), quando foram presos integrantes de uma quadrilha especializada em contrabando, em São Luís, entre eles alguns policiais militares. Segundo as investigações, o grupo estaria transportando e fazendo segurança de mercadoria contrabandeada, como drogas, armas e munições oriundas do Suriname.

No trajeto ao sítio onde o grupo operava, as guarnições do Batalhão de Choque encontraram uma S10 de cor prata sem placas, com quatro homens dentro, com três pistolas pertencentes à Polícia Militar do Maranhão.

Ao fazerem a revista no veículo, os PMs encontraram: 50 munições ogival .40, 98 munições ponta oca .40, 67 munições ogival .40, 40 munições cal 380, 22 munições cal 44, seis carregadores pistola 840, quatro carregadores de PT100, dois carregadores de pistola Glock, dois Carregadores Ruger .40, um Carregador 24/7, três Carregadores pistola 638 cal 380, seis pistolas (três da PM), um revólver calibre 44, dois rifles 44, duas granadas, placas de veículo OXZ3434, coletes balísticos, diversos celulares, a quantia de R$ R$ 1.156, entre outros objetos.

Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, Jefferson Portela, durante a ação, os PMs abordaram o delegado Thiago Bardal que estava transitando na área em um veículo.

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