Clima de terror

Adolescentes são detidos após divulgar mensagens sobre ataques de facções

Mensagens de apologia ao crime estavam sendo divulgadas pelo WhatsApp, causando pânico na população.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h21
O delegado adverte que a população deve ficar atenta ao receber informações desse tipo, pois, quem a retransmite está praticando apologia ao crime.
O delegado adverte que a população deve ficar atenta ao receber informações desse tipo, pois, quem a retransmite está praticando apologia ao crime. (Foto: Reprodução)

SÃO LUÍS – Cinco adolescentes foram apreendidos, nesta sexta-feira (17), por estarem enviando mensagens, pelo WhatsApp, sobre supostos ataques de facção na cidade.

Segundo informações do delegado Tiago Bardal, titular da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), os adolescentes, entre 12 e 14 anos, estavam divulgando informações falsas, causando pânico nas pessoas.

“Na Seic, a gente realiza o monitoramento das facções que atuam no Estado e, de ontem pra hoje, nós verificamos que teve um aumento de mensagens atribuídas a determinadas facções, afirmando que iria haver invasão de escolas, postos de saúde, entre outros. Então, começamos a identificar as pessoas que estavam fazendo o reenvio dessas mensagens e conseguimos localizar cinco adolescentes em alguns bairros da capital”.

Ainda de acordo com o delegado, os adolescentes recebiam as mensagens de grupos e iam modificando o texto, colocando nomes de bairros e de escolas de São Luís. As informações falsas eram reenviadas pelo WhatsApp, chegando a diversas pessoas, criando um clima de pânico. Devido às mensagens falsas, algumas escolas não abriram as portas nesta sexta-feira (17).

O delegado adverte que a população deve ficar atenta ao receber informações desse tipo, pois, quem a retransmite está praticando apologia ao crime.

“Nós orientamos as pessoas que não divulguem essas mensagens. Ao receberem esses textos, apaguem, pois isso causa insegurança e clima de terror. E quem reenvia essas mensagens pode ser detido por apologia ao crime”, alerta.

O titular da Seic chama a atenção, também, para o envolvimento de adolescentes com as organizações criminosas.

“Hoje há muitos adolescente envolvidos em facções, pois essas organizações sabem que, perante a lei, o adolescente não comete crime, pois ele tem imunidade penal e não vai preso. Então, eles recrutam, nos bairros, esses ‘robozinhos do crime’, como eles chamam, que acabam se submetendo às ordens desses criminosos, praticando diversas condutas erradas”, disse o delegado.

Ouça a entrevista completa que o delgado Tiago Bardal deu na rádio Mirante AM, falando sobre o caso.

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