Há 20 fugitivos

“Só sete detentos eram alvos do resgate”, afirma delegado Thiago Bardal

Segundo superintendente da Seic, os demais fugitivos se aproveitaram da situação.

Liliane Cutrim/Imirante.com*

Atualizada em 27/03/2022 às 11h24
Bandidos do lado de fora do Complexo explodiram parte do muro para dar fugar aos detentos.
Bandidos do lado de fora do Complexo explodiram parte do muro para dar fugar aos detentos. (Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS – Ainda há 20** detentos fugitivos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas (veja a lista no final da matéria). Após a fuga dos presos, três morreram em confronto com a polícia e nove já foram recapturados.

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Em entrevista à rádio Mirante AM, o delegado Thiago Bardal, titular da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), informou que, dentre esses 20 fugitivos, há sete assaltantes de bancos.

“Eles são integrantes de quadrilhas interestaduais, gente de Teresina, Goiás, Araguaína, da região tocantina. São pessoas que quando foram presas estavam em posse de armamento de grosso calibre e de explosivos. E estamos trabalhando em conjunto com o Centro de Inteligência desses outros Estados e colhendo informações com parentes para realizar a recaptura deles. Estamos colhendo provas para tentar identificar os elementos que participaram dessa fuga da noite de ontem”, explicou o delegado.

Ainda de acordo com Thiago Bardal, apenas sete dos fugitivos eram alvos do resgate. Os demais, se aproveitaram da situação para fugir.

“Essa ação foi voltada para o resgate desses sete assaltantes de banco, mas na hora, outros se aproveitaram da oportunidade e tentaram fugir. Alguns não conseguiram, pois foram contidos pelos agente penitenciários, mas outros tiveram êxito na fuga. A gente acredita que alguns desses podem ainda estar aqui na Ilha, mas os alvos principais já devem estar fora do Estado, pois foi uma ação planejada, tudo já estava pronto para a fuga”, relatou o superintendente da Seic.

O delegado afirmou que a polícia já está em posse das imagens que mostram os veículos que deram apoio na fuga dos criminosos. Inclusive, um desses carros foi abandonado na região do Quebra-Pote. Um Fiat Uno que foi roubado no dia 18 deste mês, na área do Itaqui-Bacanga. Thiago Bardal disse que o carro estava muito sujo de sangue, o que leva a crer que alguns desses fugitivos estejam feridos.

Investigação da equipe prisional

A polícia já ouviu agentes penitenciários para saber como os detentos conseguiram serrar as grades. Além dos agentes, outras pessoas que trabalham no sistema prisional estão sendo chamadas para prestar esclarecimentos.

“A investigação foi instaurada e temos que investigar todas as condutas. Serão ouvidos todos os funcionários que trabalharam no plantão anterior e no dia da fuga. Serão ouvidos, também, os detentos que tentaram fugir. Tudo isso para tentar encontrar os responsáveis por essa fuga”, explicou o delegado.

Ouça a entrevista que o delegado Thiago Bardal deu na rádio Mirante AM, falando sobre o caso:

Veja a nota divulgada pela Seap, no início da noite desta segunda-feira (22), atualizando as informações sobre a fuga dos detentos:

O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), afirma que, paralelo ao inquérito policial, lavrado pela Polícia Civil, uma sindicância interna do sistema prisional já foi aberta para apurar as responsabilidades que envolveram a fuga de presos, registrada na noite deste domingo (21), na Unidade Prisional de Ressocialização de São Luís 6 (UPSL 6), antigo CDP de Pedrinhas.

Depois que parte do muro da unidade prisional foi explodida pelo lado de fora, por homens não identificados, 32 detentos saíram de duas celas do Pavilhão Gama, que já estavam serradas, e conseguiram passar pelo buraco causado pela explosão. Agentes penitenciários do Grupo Especial de Operações Penitenciárias (Geop), que trabalham em regime de plantão na unidade, reagiram progressivamente aos tiros disparados pelos suspeitos.

Durante o confronto, 03 internos morreram, outros 09 foram recapturados, e 20 permanecem foragidos. A suspeita de facilitação será investigada com rigor. “As circunstâncias não combinam com nossos procedimentos padrões de rotina, dentre os quais a inspeção de grades, justamente para verificar se estão ou não violadas. O caso será apurado, e os responsáveis punidos no rigor da lei”, garante o secretário da Seap, Murilo Andrade de Oliveira.

O CDP é a única unidade prisional masculina que ainda não dispõe das tecnologias da Portaria Unificada, tais como o escaneamento corporal por BodyScan, por estar separada das demais que compõe o Complexo Penitenciário de São Luís. O caso é investigado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO) da Superintendência de Estado de Investigações Criminais (Seic).

Detentos mortos em confronto com a Polícia

Sebastião Araújo de Almeida

Jocimar Pires Mendonça

Geandro Silva Santos

Lista dos foragidos

Renato Costa Sousa

Flávio Lima da Silva

Ludmaylon Costa Barros

Marcos Alex Serra Lisboa

Raimundo Bruno dos Santos Carvalho

Roni Perterson Silva

Vanderluz Gomes da Silva

Wellington Monteiro Dos Santos Alves

Paulo de Caldas Santos

Ronalth Correia Coelho

Valdemir Laurindo Flores

Werdson Dayvid da Silva Melo

Jhemisson Ferreira Santos

Ronaldo Mourão Teixeira

Alisson Pereira Lima

Cláudio Kelson de Sousa Rodrigues

Edvandro Pereira Araújo

Gealison de Jesus Carvalho

Kassio Girdel Carvalho Ribeiro

Pedro César Pereira Paz

Fernando Machado Vasconcelos

*Com informações da rádio Mirante AM.

**Notícia atualizada em 22/05/2017 às 19h06.

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