Descumprimento de acordo

Sem remanejo, rodoviários podem entrar em greve em São Luís

Trabalhadores de empresas de ônibus que perderam licitação ficaram sem emprego.

Liliane Cutrim/Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h26
A categoria poderá cruzar os braços em protesto contra o não cumprimento de acordos feitos por parte dos empresários.
A categoria poderá cruzar os braços em protesto contra o não cumprimento de acordos feitos por parte dos empresários. ( Foto: Flora Dolores / OESTADO)

SÃO LUÍS – Nesta quinta-feira (12), os rodoviários da Região Metropolitana de São Luís irão decidir se vão iniciar ou não uma greve da categoria. A decisão será anunciada no fim da tarde desta quinta, após duas assembleias gerais com os trabalhadores.

Leia também:Assembleia com rodoviários para decidir greve ocorre nesta quinta-feira (12)

Segundo informações do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Maranhão (STTREMA), Isaías Castelo Branco, a categoria poderá cruzar os braços em protesto contra o não cumprimento de acordos feitos por parte dos empresários.

“O problema é a questão do descumprimento do acordo por parte da patronal com relação aos trabalhadores que ficaram fora dos seus postos de trabalho, pois eram contratados das empresas que perderam o processo licitatório. Foi firmado acordo com a SMTT (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes), Ministério Público e trabalhadores, garantido o remanejamento de parte desses rodoviários para outras empresas. Ficou acordado que seriam chamados, de imediato, 109 trabalhadores para as empresas que ganharam o certame, e o restante ficaria em um banco de vagas para serem chamados de acordo com a necessidade das empresas”, explicou o presidente da STTREMA em entrevista á rádio Mirante AM.

Ainda segundo Isaías Castelo Branco, outro acordo feito foi que nenhuma dessas empresas poderia contratar, durante seis meses, trabalhadores de fora. Devendo ser contratadas somente as pessoas que foram prejudicadas no processo licitatório.

Outro problema é em relação à convenção coletiva de trabalho. “Tem vários itens sendo descumpridos, um deles é a questão da cláusula que garante que todos os pagamentos dos trabalhadores devem ser feito até o 5º dia útil de cada mês, e isso não vem acontecendo. Há também a questão do intervalado de 10 minutos entre uma viagem e outra que não tem sido respeitado, além da questão da responsabilidade pelos pontos finais. A prefeitura diz que é responsabilidade das empresas, já as empresas jogam a reponsabilidade para a prefeitura. No final, nunca resolvem nada”, disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários.

A decisão sobre a greve só será divulgada no fim da tarde desta quinta-feira (12), após a segunda assembleia geral. “Decidimos fazer uma assembleia de manhã e outra de tarde para ter a presença de todos os trabalhadores”, explicou Isaías.

Ainda segundo o presidente da STTREMA, caso decidam pela greve, a paralisação deve começar na próxima quarta-feira (18), após ser feita a notificação dos órgãos competentes e cumprir o prazo de 72h determinado por lei.

Ouça a entrevista que Isaías Castelo Branco deu na rádio Mirante AM falando sobre o caso:

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