Situação delicada

Mestre Apolônio, do boi da Floresta, segue internado, em estado grave, na UTI

O cantador de bumba meu boi foi diagnosticado com choque séptico.

Anderson França / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h43
(Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS – O mestre de cultura popular, Apolônio Melônio, do bumba meu boi da Floresta, segue internado, em estado grave, em função de uma infecção urinária resistente. Na última terça-feira (19), o amo do boi da Floresta deu entrada no Hospital Dr. Clementino Moura (Socorrão II) debilitado e com dificuldades respiratórias, no entanto, devido à indisponibilidade de leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para receber atendimento médico necessário, mestre Apolônio foi internado na Unidade Intermediária.

Ainda na quarta-feira (20), com quadro clínico estável, o cantador de bumba meu boi conseguiu transferência da Unidade Intermediária para a UTI do Hospital Socorrão II.

Na madrugada de ontem (21), o mestre foi transferido para o Hospital de Alta Complexidade Dr. Carlos Macieira, onde, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), está internado, em estado grave, e respira com ajuda de aparelhos. Em nota, a SES informou que o mestre foi diagnosticado com choque séptico de foco urinário, quadro clínico em que o paciente é infectado por vírus, bactéria ou fungo, causando a debilidade do sistema imunológico, que pode generalizar-se.

Temporada junina

Às vésperas do início da temporada de São João, o boi da Floresta prepara-se para apresentações nos arraiais da cidade. Apesar da situação grave, que deixa todos em alerta, a filha do amo do Boi da Floresta, acredita que o pai estará liderando o boi. Otimista, ela disse que “por enquanto, a gente ainda não sabe como vai fazer, mas, independente do que aconteça, o boi vai se apresentar, talvez com um menor número de apresentações”.

Tradição folclórica documentada

A contribuição de mestre Apolônio à cultura maranhense é notória. Para registrar a vida e a obra deste cantador, que há 42 anos está à frente do batalhão do boi da Floresta, do bairro da Floresta/Liberdade, a cineasta Giselle Bossard dirigiu o documentário Brincando na Floresta. O filme de curta-metragem é narrado pelo próprio mestre e traz relatos de envolvidos na cultura popular que participaram da trajetória do boi da Floresta contando as peculiaridades de um dos principais grupos do sotaque da baixada.

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