Greve dos rodoviários

Rodoviários descumprem decisão judicial e menos de 50% da frota é colocada nas ruas

Segundo o secretário Canindé Barros, apenas 46% dos ônibus que operam na capital saíram das garagens.

Diego Torres / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h54
Greve dos rodoviários: passageiros têm apenas 46% da frota. Foto: Diego Torres / Imirante.com.
Greve dos rodoviários: passageiros têm apenas 46% da frota. Foto: Diego Torres / Imirante.com.

SÃO LUÍS - O secretário de Trânsito e Transportes de São Luís, Canindé Barros, informou na manhã desta quinta-feira (22) que apenas 46% da frota de ônibus determinada pela Justiça do Trabalho está nas ruas de São Luís. Barros disse ainda que, se levado em consideração o total de ônibus das empresas que atuam na capital maranhense, esse percentual é ainda mais baixo: 32% dos ônibus. A punição imposta pela desembargadora Ilka Esdra Silva de Araújo é de que sejam disponibilizados 70% dos ônibus e, em caso de descumprimento a soma das multas ao Sindicato dos Rodoviários chega a R$ 10 mil por hora.

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Ainda segundo o secretário Canindé Barros, desde sua chegada à SMTT as empresas de ônibus só disponibilizavam 86% do total de veículos. A medida teria sido tomada pela SMTT depois de um "acordo" entre a Prefeitura de São Luís e os empresários como forma de diminuir os custos dos patrões. "Quando eu cheguei já estava assim (redução da frota). O que estamos fazendo é avaliando o sistema que realmente apresenta uma alta defasagem", explicou.

Contrapropostas

Entre as propostas feitas pela SMTT aos empresários estão o aumento da fiscalização embarcada, a retirada da "domingueira" que seria custaria aos empresários R$ 900 mil por mês e a mudança de gerenciamento do sistema de bilhetagem eletrônica, que ficaria a cargo do SET. "Por eles (empresários) a passagem já estaria entre R$ 2,60 e R$ 2,80, mas estamos buscando outras soluções, entre elas o fim da domingueira e, a redução do imposto incidente sobre o diesel, que a Governadora Roseana Sarney propôs diminuir de 17% para 7%. Mesmo com esses 'incentivos' eles alegam que não saem do vermelho", disse Barros.

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