SÃO LUÍS - Usuários de transporte coletivo de São Luís podem ficar mais um dia sem ônibus. A definição pela paralisação ou não dos rodoviários será discutida na manhã desta quinta-feira (10) na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários do Maranhão (STTREMA). A possibilidade de greve é uma alternativas apontada pelos trabalhadores.
Segundo informou o secretário administrativo do STTREMA, Isaías Castelo Branco, a diretoria do sindicato decidiu por uma reunião para avaliar as possibilidades de negociação, porém a paralisação ou greve do setor só poderá ser confirmada após assembleia da categoria. "Ainda não podemos dizer se vai haver greve ou não, mas essa é uma das possibilidades", ressaltou. Os rodoviários pedem um reajuste salarial de 16%.
Se confirmada, esta será a segunda manifestação da classe em menos de 15 dias. No dia 28 de março, os rodoviários decidiram recolher os ônibus às garagens das empresas entre 18h e 4h alegando falta de segurança.
A reunião entre os empregados acontece um dia depois de o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) enviar nota à imprensa alegando "total impossibilidade de negociação" e voltou a defender que "sistema está falido". A nota pede ainda a intervenção da Prefeitura no que ele considera "impasse".
Leia a íntegra da nota dos empresários:
O Presidente do SET -Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos de São Luís, José Luís Medeiros, anunciou a total impossibilidade de continuar as negociações com a categoria dos rodoviários, uma vez que todas as reivindicações da categoria trazem impactos econômicos para um sistema já falido.
Segundo anunciou o presidente do SET na última reunião com os Rodoviários na tarde da terça-feira (08.04), é essencial e urgente que a Prefeitura intervenha nesse impasse e sinalize medidas emergenciais para evitar o caos ainda maior, no atual sistema de transportes coletivos da capital maranhense.
Uma recente Auditoria da Prefeitura fiscalizou o sistema de transportes e as empresas que atuam no mesmo, chegando a números alarmantes e que demonstram oficialmente o déficit acumulado há mais de seis anos e que inviabiliza a continuidade da operação do transporte nas condições atuais da séria crise do setor.
"Lamentamos chegar a esse impasse. Já informamos oficialmente às autoridades, e agora em respeito aos rodoviários e à população, conclamamos a Prefeitura a participar desse debate, sinalizando medidas que possam reverter o agravamento dessa crise. Os empresários estão de mãos atadas e sem condições de avançar nesta negociação " declarou o Presidente do SET.
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