Fagner deixa filha recém-nascida

Parentes de jovem morto por PM afirmam que ele não era bandido

“Ele era trabalhador, não deram nem chance pra ele”, declara tia da vítima.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h40
(Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS - A morte do jovem Fagner Barros dos Santos, 19 anos, na manhã desta quinta-feira (13), revoltou populares, amigos e a família da vítima. Inconformados com a ação da polícia, parentes do rapaz afirmam que Fagner não era criminoso.

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“Ele era trabalhador, não deram nem chance pra ele. Outro primo meu tentou socorrer ele, mas acabou sendo preso. O que mais revoltou, foi o jeito que eles (a Polícia Militar) pegaram meu primo e jogaram dentro do carro. Nem com um animal se faz isso. Ele deixou uma menina de dois meses, que não vai ter chance de conhecer o pai. É injusto o que fizeram com ele”, desabafa a prima de Fagner, Michele Furtado Santos.

Sobre a prisão do cabo que matou Fagner, a prima da vítima afirmou que “rapidinho ele vai ser solto”. Além disso, ela demonstrou incredulidade em relação à informação do governo do Estado de que vai prestar assistência à família de Fagner. “Não vão dar assistência nada, é só da boca pra fora que eles falam isso”.

Ouça a entrevista completa que Michele Furtado Santos deu na rádio Mirante AM, falando sobre o caso.

Elverino Santos, tio de Fagner, também se pronunciaram sobre a morte do jovem.

“Ele matou meu sobrinho covardemente. Porque ele e o colega dele estavam encostados na parede, quando um policial desceu da viatura com a arma na mão. Aí eles falaram: ‘Rapaz, baixa essa arma que aqui é só pai de família, aqui não tem vagabundo’. Aí ele (o policial) abaixou a arma e atirou na direção do pé do rapaz, que desviou e a bala pegou na parede. Depois o policial deu outro tiro que pegou na testa do meu sobrinho”, explicou Elverino Santos.

Ainda segundo o tio de Fagner, quando o jovem foi baleado a população correu para cima do corpo e começou a chamar os policiais de covarde. Depois disso, os PMs colocaram a vítima no carro e a levaram para a UPA do Araçagi, mas Fagner já chegou sem vida.

O tio da vítima afirmou ainda que, outro sobrinho dele foi detido pelos PMs e ameaçado. “Eles disseram para ele que se ele falasse quem tinha atirado no Fagner, ele ia pagar. O meu sobrinho (Fagner) não puxou arma nenhuma pra ele. Ele só levantou a camisa e disse que estava desarmado, mas o policial atirou na testa do meu sobrinho”, contou.

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