Dia do Escritor

Dia do escritor: confira cinco personalidades da literatura maranhense

Os autores são destaque na literatura ludovicense, maranhense e nacional.

Arlan Azevedo/Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h31

MARANHÃO - No dia 25 de julho de 1960, após a realização do primeiro Festival do Escritor Brasileiro, promovido pela União Brasileira de Escritores, foi criado o Dia do Escritor. Uma justa homenagem a todos aqueles que receberam o dom de transcrever em palavras, relatos, histórias, fantasias, sentimentos e vivências. Veja, abaixo, alguns dos destaques do Maranhão, nesta área.

Graça Aranha

 Graça Aranha
Graça Aranha

Nascido no dia 21 de junho de 1868, José Pereira da Graça Aranha é autor de uma das obras mais relevantes da literatura brasileira: Canaã. Nesta obra, ele narra como se desenrola a existência em uma colônia de imigrantes europeus no Espírito Santo. Os protagonistas, Milkau e Lentz, representam duas visões opostas sobre a nova terra em que se encontram. Ele foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, tornando-se titular da cadeira número 38 mesmo sem ter ainda produzido nenhuma obra.

Gonçalves Dias

 Gonçalves Dias
Gonçalves Dias

Quem nunca leu a Canção do Exílio, deste autor célebre, do Maranhão? Gonçalves Dias (Antônio Gonçalves Dias), poeta, professor, crítico de história, etnólogo, nasceu em Caxias, MA, em 10 de agosto de 1823, e faleceu em naufrágio, no Maixio dos Atins, MA, em 3 de novembro de 1864. É o patrono da cadeira n. 15, por escolha do fundador Olavo Bilac.

Pela obra lírica e indianista, Gonçalves Dias é um dos mais típicos representantes do Romantismo brasileiro e forma, com José de Alencar na prosa, a dupla que conferiu caráter nacional à literatura brasileira.

Ferreira Gullar

Ferreira Gullar.
Ferreira Gullar.

Ferreira Gullar (José Ribamar Ferreira) nasceu no dia 10 de setembro de 1930, na cidade de São Luís, capital do Maranhão, quarto filho dos onze que teriam seus pais, Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart.

O "Poema sujo", uma das suas principais obras, é escrito entre maio de outubro de 1975. No ano seguinte, sem a presença do poeta, o "Poema sujo" é lançado. Em 2002, é indicado ao Prêmio Nobel de Literatura por nove professores titulares de universidades de Brasil, Portugal e Estados Unidos. São relançados num só livro, os ensaios dos anos 60: "Cultura posta em questão" e "Vanguarda e subdesenvolvimento". Em dezembro, o poeta recebe o Prêmio Príncipe Claus, da Holanda, dado a artistas, escritores e instituições culturais de fora da Europa que tenham contribuído para mudar a sociedade, a arte ou a visão cultural de seu país.

Nauro Machado

 Nauro Machado
Nauro Machado

O poeta e escritor maranhense Nauro Machado é um dos mais importantes literários da história do Maranhão. Tem 37 livros publicados, foi um poeta autodidata que retratou através da arte sua visão e sentimento do mundo. Sua obra também foi reconhecida pela Academia Brasileira de Letras (ABL).

Uma das marcas do poeta Nauro Machado era retratar o cotidiano maranhense com simplicidade e liberdade poética. A sua obra é definida como livre de estilos literários, mas lírica e cronista.

Aluísio Azevedo

 Aluísio Azevedo
Aluísio Azevedo

Aluísio Azevedo nasceu em São Luís do Maranhão, em 1857. Contrariando a vontade paterna, que era vê-lo comerciante, viaja, aos 17 anos, para o Rio de Janeiro e começa a estudar pintura na Academia Imperial de Belas Artes. Logo passa a colaborar, com caricaturas e poesias, em jornais e revistas. Com a morte do pai em 1878, é obrigado a retornar a São Luís, onde, em 1880, lança o romance Uma Lágrima de Mulher, exageradamente sentimental, em estilo romântico. Fortemente influenciado pelas leituras de Eça de Queiroz e de Émile Zola, que lhe apontam um novo caminho, publica em 1881 O Mulato, obra que inaugura o Naturalismo na literatura brasileira. Por tratar-se de um libelo contra a vida e os costumes maranhenses no período abolicionista, o romance provoca violenta reação da sociedade provinciana e do clero, coagindo-o a voltar para o Rio de Janeiro, onde passa a viver da literatura, publicando romances, escrevendo folhetins e contos em jornais e redigindo peças teatrais. Em 1895, ao ingressar na carreira diplomática, abandona a literatura. Esteve, a serviço do Brasil, na Espanha, no Japão, no Uruguai, na Inglaterra, na Itália, no Paraguai e na Argentina, onde morreu em 1913.

Na carreira literária de Aluísio Azevedo, podemos distinguir duas posições estéticas simultâneas: de um lado, os romances românticos, que o próprio autor chamava de "comerciais", destinados a alimentar os jornais e a agradar a um público acostumado aos sentimentalismos e às extravagâncias da moda; de outro, os romances "artísticos", em que o autor adere ao espírito naturalista, produzindo verdadeiras obras-primas. À linha folhetinesca pertencem Memórias de um Condenado, Girândola dos Amores, Filomena Borges, entre outros. À linha artística pertencem os romances maiores de Aluísio: O Mulato, Casa de Pensão e O Cortiço. Escreveu também O Coruja, O Homem e o Livro de Uma Sogra.

Há nas principais obras do autor uma preocupação constante com a denúncia de situações sociais desumanas e injustas, que o tornam, acima de tudo, um romancista social.

Fonte das informações: Academia Brasileira de Letras e Academia Maranhense de Letras

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