IMPERATRIZ – “Adoção é tão sublime, algo inexplicável, assim como ser mãe biológica”. Estas sinceras e emocionantes palavras são expressas pela pedagoga e professora Maria Natividade Ribeiro Gomes, mãe adotiva e de coração de um casal de filhos.

O sonho da maioria das mulheres é casar e formar uma família, porém, este desejo pode ser interrompido, por circunstâncias da vida. Mas, a atitude, o gesto de amor, carinho e doação tem mudado a rotina familiar de muitos casais que buscam mais alegria para seus lares. Natividade é casada há seis anos com o representante comercial Ronaldo Santana Silva, eles não tem filhos biológicos. A professora teve uma gravidez tardia, perdeu a criança, não conseguiu mais engravidar. O casal resolve fazer uma visita a Casa da Criança para conhecer e adotar um filho.

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Ao chegarem ao abrigo, conheceram duas adoráveis crianças. Os irmãos, Marciel, hoje com 6 anos e a Mayara de 7 aninhos, e foi amor à primeira vista. “Foi coisa de Deus, gostamos e eles, também, algo natural. Fomos fazer uma visita, ação solidária da igreja no abrigo. Na época, Marciel tinha 3 anos e Mayara 4, fomos apresentamos e já nos apegamos a eles.”, relembra a professora.

Natividade lembra que adoção é um gesto nobre de muito amor, doação e que envolve toda a família. Ela tem um cuidado todo especial com os filhos. “Após a adoção tudo muda, é uma decisão para toda a vida, uma mudança compensadora de vida que envolve não só o casal, mas toda a família, tios, primos, avós. Aí na convivência, a gente começa amar e achar que eles fazem parte de você” descreve ela emocionada, o amor que sente pelos filhos.

A professora acrescenta, ainda, sobre o vínculo familiar que se formou. “Hoje não consigo mais imaginar sem os nossos filhos. Deus nos deu este privilégio e vamos cuidar com muito amor”, completa a mãe adotiva.

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A pequena Mayara e o irmãozinho Marciel, também, demonstram o amor e a gratidão que sentem pelos pais. Na semana das mães na escola, a menina escreveu a linda e tocante mensagem que fez questão de ler para a mamãe durante a entrevista ao Portal Imirante. “Mamãe se você não tivesse aparecido, estaria sofrendo. Ainda bem que você apareceu”, expressou a filha Mayara.

Como conselho para as pessoas que sonham em adotar um filho a professora ressalta: “Ao contrário do que se pensa, não precisa ser rico para adotar uma criança, porque adotar como filho vai muito além das dificuldades financeiras, é um privilégio que vale muito à pena”.

Como adotar uma criança
O juiz da Vara da Infância e da Juventude Delvan Tavares explica que existe o Cadastro Nacional de Adoção, onde os pretendentes podem ver as crianças disponíveis e procurar a Vara da Infância para mais informações. Em Imperatriz tem 84 famílias pretendentes à adoção, inscritos no Cadastro Nacional. E 22 crianças e adolescentes disponíveis para serem adotadas.

Existe uma dificuldade para adotar crianças acima de cinco anos. “Quanto maior a idade, maior é a dificuldade”, afirma o juiz.

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Documentos
Segundo o juiz para adoção é necessário apresentar Certidão de antecedentes criminais, laudo de sanidade mental, comprovante de renda, endereço, entre outros procedimentos.

Casa da Criança
Na Casa de Passagem, em Imperatriz, tem atualmente 16 crianças, somente do sexo feminino. Com ajuda dos profissionais, como assistentes sociais e psicólogos, o objetivo inicial é tentar levar estes adolescentes de volta para o convívio familiar de origem. Caso não seja possível eles ficam à disposição para adoção.

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