IMPERATRIZ - A formação do Carnaval imperatrizense tem como base as festas organizadas na década de 80 por clubes, dos quais os principais eram Juçara Clube, AABB e o Clube Tocantins. Segundo o presidente da Fundação Cultural (FCI), Lucena Filho, as pessoas se reuniam nestes espaços e manifestavam-se por meio de danças e músicas exclusivamente da época, as marchinhas.
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O cantor e compositor Zeca Tocantins, que foi passista de escola de samba naquela época, conta que os desfiles das agremiações eram na Praça Tiradentes, onde é hoje o Camelódromo. “Tinha uma barzinho chamado “Berro D´água”, as pessoas levavam som para lá, era muita diversão. O Carnaval tinha como base os blocos do Sindicato dos Arrumadores, Armazém Paraíba e Clube da União” diz.
“As festas foram se tornando cada vez mais organizadas. Ainda, na década 80, foram surgindo os desfiles de rua, com as escolas de samba. Estes blocos foram se desenvolvendo, tinha festa nos clubes da AABB, Tocantins, e Juçara”, relembra Zeca Tocantins.
De acordo com Zeca Tocantins, as principais escolas de samba eram: Tereza Cristina, Voluntários do Samba, (Praça União), que foi mais destaque, Mangueira, (Nova Imperatriz), e Unidos da Vila Nova. Dessa última nasceu a Mocidade Independente da Vila, do carnavalesco Nildão do Panelão.
“Nós tínhamos grande carnavalescos aqui, Mauro Só que hoje está no Rio de Janeiro, Oswald Berry, depois virou coreógrafo da Xuxa, integravam este movimento do Carnaval de Imperatriz. As nossas baterias tinham grandes percursionista, fui cinco mestre de sala da escola Voluntários do samba, comunidade que tinham garra mesmo”, explica.
Folia
Maria das Graças Bandeira de Aguiar, 65, que participou por muitos anos do Carnaval em Imperatriz, relembra bem os momentos da época.
“Os amigos se reuniam, escolhíamos as fantasias, contratávamos a costureira. A festa tinha hora só para começar, íamos para o quiosque Berro d´Água e para as ruas fantasiados”, afirma.
Zeca Tocantins explica, ainda, que a cidade toda era envolvida na festa, com a participação de empresários, famílias, jovens, crianças e adultos. “Uma festa maravilhosa! Vinham pessoas de cidades vizinhas, tínhamos escolas de samba integração, tivemos estes desfiles até mais ou menos no início dos anos 90”.
Atualidade
A partir dos anos 2000, na Região Tocantina a festa ganhou um novo ritmo, embalados com músicas do estilo baiano. Blocos particulares que com aquisição de abadás dominaram a festa com desfiles organizados atrás de trios elétricos pelas ruas.
O Carnaval de blocos deu lugar às marchinhas que atualmente compõem a festa. Com o objetivo de resgatar o Carnaval tradicional, a Fundação Cultural de Imperatriz (FCI) criou, na atual gestão, um Carnaval embalado pelas marchinhas. A festa, que tem à frente o Bloco do Imprensa, é voltada para a família, onde participam de crianças e idosos.
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