Tragédia

Dilma: ato contra jornal francês é "ataque inaceitável" à liberdade de imprensa

Míriam Leitão, também, falou sobre o ataque: "Todos hoje somos Charlie Hebdo".

Yara Aquino/Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h47
(Foto: Divulgação )

BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff divulgou uma nota em que diz ter recebido, com “profundo pesar e indignação”, a notícia do “sangrento e intolerável atentado terrorista” à redação do jornal satírico francês Charlie Hebdo, nesta quarta-feira (7), em Paris.
“Esse ato de barbárie, além das lastimáveis perdas humanas, é um inaceitável ataque a um valor fundamental das sociedades democráticas - a liberdade de imprensa”, afirma a presidenta na nota.

Na mensagem, Dilma presta condolências aos parentes das vítimas do atentado e expressa, também, ao presidente da França, François Hollande, e ao povo francês, a solidariedade de seu governo e da nação brasileira.

Segundo o mais recente balanço oficial, 12 pessoas morreram no ataque à redação do jornal. Por volta das 11h30 (horário local), dois homens armados entraram na sede do Charlie Hebdo, no 11º arrondissement (bairro) de Paris. No local, houve troca de tiros entre os autores do atentado e as forças de segurança, relatou uma fonte próxima da investigação à agência de notícias France Presse. Segundo testemunhas citadas por uma fonte policial, os homens encapuzados que atacaram a redação gritaram “vingamos o profeta”.

O presidente francês, François Hollande, foi para o local e classificou o “ataque terrorista” de “extrema barbárie”.

A jornalista da Rede Globo, Míriam Leitão, também se manifestou sobre o ataque. Segundo Míriam, todos os jornalistas do mundo foram atingidos por essa violência.

“É um atentado ao jornalismo, à liberdade de imprensa. Há um fortíssimo movimento na internet de jornalistas do mundo inteiro indignados contra esse atentado e querendo que as autoridades levem o fato realmente muito a sério para que isso nunca mais se repita. É uma tragédia para o jornalismo mundial”, afirmou.

Para a jornalista, é um ato gravíssimo uma tentativa de um grupo radical impedir que se faça humor. “O humor deve ser livre, deve ser feito e deve ser protegido, como toda a liberdade de expressão”.

Míriam Leitão destacou que não poderia deixar de expressar seu sentimento, pois todos estão se sentindo, em parte, atingidos pelo atentando que vitimou jornalistas que estavam no meio de uma reunião de pauta, no exercício da sua profissão. “Todos hoje somos Charlie Hebdo”, declarou a jornalista.

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