Sedihpop afirma que está acompanhando protesto de quilombolas em Matões e fará relatório sobre a comunidade
A Sedihpop afirmou que, na tarde dessa quarta (15), a equipe visitou algumas áreas da comunidade e conversou com moradores que relataram ameaças e intimidação para que vendam os seus terrenos.
MATÕES - A Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) informou nesta quinta-feira (16) ao Imirante.com, que está na cidade de Matões para acompanhar a manifestação dos quilombolas do Território Tanque da Rodagem e São João, que reivindicam permanência no local frente ao avanço do agronegócio.
De acordo com a Sedihpop, a Secretaria está acompanhar o protesto, por meio da equipe técnica da Comissão Estadual de Prevenção à Violência no Campo e na Cidade (COECV), Daniela dos Reis, superintendente de Proteção e Defesa dos Direitos Humanos, e Gilvan Alves, superintendente de Participação Popular.
A equipe atua no sentido de levantar informações para a elaboração de um relatório consistente sobre a atual situação da comunidade, conversando com os moradores e visitando as áreas de produção e moradia.
A Sedihpop afirmou que, na tarde dessa quarta (15), a equipe visitou algumas áreas da comunidade e conversou com moradores que relataram ameaças e intimidação para que vendam os seus terrenos. No entanto, a decisão do grupo é permanecer no Território e por isso, reivindicam segurança pública e jurídica na garantia da permanência.
Em decorrência de ventos fortes e nuvens de poeira, a atividade foi comprometida nessa quarta, mas a equipe continua em Matões e deve reunir com os moradores que permanecem no Território e com os que o deixaram. Além de visitar novas áreas da comunidade que estão sendo desmatadas.
Entenda o caso
Há cinco dias os quilombolas protestam na região, onde interditaram a MA-262, contra o desmatamento e a demolição de casas de dezenas de famílias por grileiros. A manifestação, segundo a Sedihpop, é apoiada por militantes do Moquibom, de outras partes do Estado e da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Alguns integrantes do movimento acampam às margens da rodovia, pois não têm para onde ir. Eles reclamam que vivem em clima de ameaça e lutam para permanecer em paz nas terras onde nasceram.
Além do ponto interditado pelos quilombolas, grileiros também bloquearam a via impedindo que a comunidade acessasse o município de Matões.
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