Saúde

Especialista ressalta importância da doação voluntária de sangue

Com apenas uma doação, é possível atender até quatro pacientes.

Maurício Araya / <b>Imirante.com</b>

Atualizada em 27/03/2022 às 11h58
 Foto: Divulgação.
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SÃO LUÍS – Um ato que salva vidas: assim é a doação de sangue. Com 450 ml de sangue coletados em uma doação, pode-se atender até quatro pacientes. Em caso de pacientes pediátricos, o número aumenta: pelo fracionamento da bolsa de sangue, é possível atender de seis até oito crianças.

A falta de consciência e resistência, no entanto, são, ainda, os maiores problemas enfrentados pelos órgãos de saúde. Nesta terça-feira (14), em que se comemora o "Dia Mundial do Doador de Sangue", o Ministério da Saúde divulgou um relatório que aponta que apenas 1,9% da população doa sangue. No Maranhão, por exemplo, os estoques de sangue estão bem abaixo da média, o que compromete o atendimento nos hospitais. Dependendo do tipo do sangue e do componente, a Supervisão de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão (Hemomar) consegue atender entre 40% e 80% do solicitado pela rede pública de saúde.

O médico hematologista e diretor-geral da Hemomar, Dario Itapary Nicolau, ressalta a importância da doação voluntária. "Infelizmente, no nosso país, nos falta uma cultura que incentive a doação de sangue desde a escola, desde a infância, e o nosso hábito é de só doar movido pela paixão, pelo amor a um familiar, por um amigo, por um conhecido, que é uma prática que dificilmente supre as necessidades hospitalares", disse em entrevista ao Imirante.comouça na íntegra.

Pré-requisitos

Para doar sangue, o interessado precisa portar, pelo menos, um documento oficial de identificação com foto; estar bem de saúde; ter entre 16 e 70 anos; pesar, no mínimo, 50 kg; e não estar em jejum. "A princípio, existem inaptidões temporárias e outras definitivas, que visam preservar a saúde do próprio doador e a saúde do receptor. O indivíduo que se apresenta ao banco de sangue para fazer uma doação passa por uma triagem, que leva em conta peso, pressão, temperatura, nível de hemoglobina – para saber se está anêmico, ou não –, e, em seguida, há uma entrevista detalhada, onde vão ser feitas perguntas relativas aos hábitos de vida, estado de saúde, uso de medicamentos, e, de acordo com essa entrevista, ele é liberado, ou não, para a doação", esclarece o especialista.

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Os concentrados de plaquetas – que participam do processo de coagulação sanguínea – podem ser preservados por até cinco dias; as hemácias – ou glóbulos vermelhos, que fazem o transporte do oxigênio aos tecidos – duram até 42 dias; já o plasma – líquido de cor amarelada e o maior componente do sangue, compondo mais de 80% do volume total – podem ser preservados por até dois anos. No Estado, os estoques são críticos exatamente nos concentrados que possuem menor duração.

Homens podem doar até quatro vezes ao ano, respeitando um período de dois meses entre cada doação, e mulheres podem doar até três vezes ao ano ou, pelo menos, uma vez a cada três meses.

Como doar

Ao todo a Hemomar conta com um hemocentro em São Luís; sete núcleos de hemoterapia localizados em Imperatriz, Balsas, Caxias, Codó, Santa Inês, Pedreiras e Pinheiro; e outras 30 agências transfusionais distribuídas por todo o Estado. Na capital maranhense, a Hemomar fica localizada próxima à feira do bairro do João Paulo.

Outras informações podem ser obtidas pelo Disque-Sangue, no telefone 0800-280-6565 (ligação gratuita) ou pelo telefone (98) 3216-1100 (curto de uma ligação local para telefone fixo) – veja os endereços de todos os núcleos e agências da Hemomar.

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