Educação

Professores afirmam que continuarão com a greve

O Sinproesemma diz que ainda não foi notificado oficialmente sobre ilegalidade do movimento.

Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h41

SÃO LUÍS - Os professores da rede estadual de ensino afirmam que darão continuidade à greve, mesmo com a decisão liminar da Justiça que considerou o movimento iligal e determinou a suspensão da paralisação, sob multa de R$ 50 mil por dia. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) afirma que ainda não foi notificado oficialmente da decisão.

O secretário de Imprensa do sindicato, Júlio Guterres, disse ao Imirante, na manhã desta sexta-feira (18), que um oficial de justiça esteve na sede do sindicato, mas não notificou o presidente Júlio Pinheiro, que responde juridicamente pela categoria. "É ele que tem que assinar a notificação, e isso ainda não ocorreu. Portanto, ainda não temos a determinação oficial. [...] Devemos ser oficialmente notificados daqui para segunda-feira e, assim, temos 15 dias para recorrer", comentou Guterres.

O Sinproesemma definirá se suspenderá ou não o movimento em assembleia geral. Duas já foram convocadas: uma para o dia 23 e outra para o dia 25 deste mês de março.

Ontem, depois da notícia sobre a decisão da Justiça de decretar a greve ilegal, o Sinproesemma divulgou uma nota destacando o movimento. Veja a nota na íntegra:

NOTA OFICIAL

Diante de notícias informando que o desembargador Marcelo Carvalho determinou a abusividade da greve dos educadores públicos do Maranhão, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) vem a público para:

1-Informar que oficialmente a entidade não foi notificada da decisão judicial e, assim sendo, a greve continua sem prejuízo para os profissionais da educação;

2-Comunicar que em última instância quem decidirá a continuidade ou interrupção do movimento grevista é a categoria reunida em assembleia geral, como determinam o Estatuto desta entidade, e que estas serão realizadas entre os dias 23 e 25 deste mês;

3-Relembrar que o direito à greve está previsto na Constituição Federal e que o Sinproesemma buscará o caminho da Justiça para reverter a decisão dada em caráter liminar (provisória) e de forma monocrática;

4-Reafirmar a legitimidade do nosso movimento paredista, pois desde 2009, nós, educadores (professores, especialistas e funcionários de escolas), estamos empenhados na definição, aprovação e aplicação do Estatuto do Educador, necessário ao reconhecimento e valorização do profissional, que pode dar ao ensino público a qualidade que a sociedade maranhense exige e paga por ela;

5-Afirmar que buscar na Justiça a decretação da abusividade de nossa greve é mais uma demonstração de que o governo Roseana Sarney (PMDB/PT) não está interessado nem no diálogo nem na solução dos problemas da educação pública, pois busca o confronto com os educadores, foge do debate na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, impede a realização de audiência pública sobre a questão e se escora em caríssima e mentirosa campanha de mídia;

6-Reafirmar que os educadores e educadoras maranhenses, representados pelo Sinproesemma, estão abertos à negociação e ao diálogo, mas não recuarão diante das ameaças, chantagens e repressão vindas do governo do Estado e continuarão em greve até que o Poder Executivo se disponha a negociar e atender as reivindicações dos trabalhadores.

Educação pública de qualidade só com o estatuto aprovado e o educador valorizado.

A greve continua! Estatuto já!

São Luís, 17 de março de 2011

Sinproesemma

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